De acordo com a AFP, a Covid-19 já fez mais de um milhão de vítimas mortais em todo o mundo.
A pandemia devastou a economia mundial, inflamou tensões geopolíticas e revirou vidas, desde favelas a selvas do Brasil até à maior cidade da América, Nova Iorque.
Desporto, entretenimento ao vivo e viagens conheceram a paralisia enquanto fãs, público e turistas foram forçados a ficar em casa, por medidas rígidas impostas para conter a propagação do vírus.
Controlos drásticos que colocaram metade da humanidade – mais de quatro mil milhões de pessoas – sob alguma forma de bloqueio até abril. aMas com o atenuar das restrições, os casos dispararam novamente.
No domingo, a doença levou 1.000.009 vítimas de 33.018.877 infecções registadas desde a sua origem, de acordo com uma contagem da AFP usando fontes oficiais.
Os Estados Unidos têm o maior número de mortos, com mais de 200.000 mortes, seguidos pelo Brasil, Índia, México e Grã-Bretanha.
Para o caminoneiro italiano Carlo Chiodi, esses números incluem o seus pais, que diz ter perdido dias depois.
“O que tenho dificuldade em aceitar é que vi o meu pai sair de casa, entrar na ambulância, e tudo que pude dizer a ele foi ‘adeus’”, disse Chiodi, 50 anos.
“Lamento não ter dito ‘eu amo-te’ e lamento não tê-lo abraçado. Isso ainda me magoa”, disse à AFP.
Com os cientistas ainda a correr para encontrar uma vacina que funcione, os governos são novamente forçados a um difícil ato de equilíbrio: os controlos de vírus diminuem a propagação da doença, mas prejudicam economias e empresas na recuperação.
O FMI alertou no início deste ano que a instabilidade económica poderia causar uma “crise como nenhuma outra”, com o colapso do PIB mundial.
A Europa, duramente atingida pela primeira onda, enfrenta agora outro aumento de casos, com Paris, Londres e Madrid, todas forçadas a introduzir restrições para conter a propagação e sobrecarregar os hospitais.
Máscaras e distanciamento sociail em lojas, cafés e transportes públicos já fazem parte do dia a dia de muitas cidades.
Em meados de setembro, houve um aumento recorde de casos na maioria das regiões e a Organização Mundial da Saúde alertou que as mortes por vírus podem até dobrar para dois milhões sem mais ação coletiva global.
“Um milhão é um número terrível e precisamos de refletir sobre isso antes de começarmos a considerar um segundo milhão”, disse o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, a repórteres na sexta-feira.
“Estamos preparados coletivamente para fazer o que for preciso para evitar esse número?”