Pequim disse esta sexta-feira que está a conduzir exercícios militares perto de Taiwan, numa altura em que um diplomata norte-americano está de visita à região, ação que enfureceu a China
As relações entre os Estados Unidos da América e a China estão no ponto mais baixo em décadas, com tensão crescente nas áreas de comércio, militar e segurança, bem como de atribuição de culpas face à pandemia de Covid-19.
A tensão entre China e Taiwan, essa, data desde o final da guerra civil em 1949, com Pequim a querer anexar o território à China continental, a bem ou a mal.
Pequim tem observado atentamente e com alguma preocupação o fortalecer das relações entre os EUA e Taiwan, que começou a materializar-se com a visita de Alex Azar no último mês.
Keith Krach é a segunda visita em dois meses. O secretário norte-americano de crescimento económico, energia e ambiente aterrou em Taipei esta quinta-feira para uma visita oficial de três dias.
Durante 40 anos, não houve um alto cargo do governo dos EUA, como Krach, a visitar Taiwan.
Numa conferência de imprensa realizada hoje de manhã, o ministro de defesa chinês afirmou que a República Popular da China estava a “realizar exercícios militares perto do estreito de Taiwan”, quando lhe perguntaram qual seria a resposta da China à visita de Krach à Formosa.
“É uma ação legítima e necessária para salvaguardar a soberania e integridade terrritorial da China, dada a situação atual no estreito de Taiwan”, disse Ren Guoqiang aos jornalistas presentes.
Ren deixou o aviso que a força militar chinesa tem “capacidade suficiente” para contra-atacar qualquer ameaça externa.
Nas últimas semanas, Taiwan tem verificado um aumento nas incursões de aviões caças chineses na zona aérea da ilha.