António Ramalho, presidente executivo do banco, assegura que as perdas referidas na auditoria são anteriores a 2014.
O presidente executivo do Novo Banco disse, esta quarta-feira, que 95% das perdas referidas na auditoria da Deloitte devem-se a ativos anteriores a 2014, ou seja, que pertenciam ao BES e passaram para o Novo Banco na resolução.
“Das perdas, mais de 95% são originadas por perdas antes de 2014, não há um único crédito, um único novo nome que tenha sido concedido posteriormente à resolução”, afirmou António Ramalho em conferência de imprensa em Lisboa.
O responsável disse ainda que as vendas de ativos feitas nos últimos anos aconteceram porque o banco a isso estava obrigado, cumprindo as regras de concursos internacionais, com assessoria especializada e com escrutínio.
António Ramalho considerou que nos últimos três meses o Novo Banco recebeu um “conjunto de críticas sem precedentes” e que se manteve “silencioso dentro do limite das suas possibilidades” porque estava a decorrer a auditoria, mas que agora “terminou o ciclo de silêncio e iniciou-se o do esclarecimento”.
A auditoria da Deloitte aos atos de gestão do BES/Novo Banco refere-se ao período entre 2000 e 2018 (ou seja, abarcando quer o período antes quer depois da resolução do BES e criação do Novo Banco), decorre desde o ano passado e deveria ter ficado concluída em julho, tendo sido entregue na terça-feira ao Governo.
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