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Montado num cavalo galopante típico de obras que construíram a iconografia do domínio branco, um negro vestindo roupa esportiva subverte essa lógica racista.
Os retratos do artista americano Kehinde Wiley emulam pinturas dos séculos 17 e 18 para confrontar a narrativa canônica, carregada de ideologia colonialista, e elaboram um novo vocabulário de poder antes exclusivo de um grupo racial privilegiado.
Wiley diz retratar não só “corpos negros, mas novos olhares sobre eles e a história”, o que põe sua arte na vanguarda do debate decolonial que ganhou o mundo com os protestos antirracistas do movimento Black Lives Matter depois do assassinato de George Floyd, em maio.
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