A Polícia angolana está preocupada com o tráfico de combustível para a vizinha República Democrática do Congo (RDCongo), para onde são contrabandeados, diariamente, quantidades elevadas de metros cúbicos, disse hoje o comandante-geral da corporação
Paulo de Almeida, que falava na cerimónia de celebração dos 42 anos de existência da Polícia de Guarda Fronteira, disse que quase todos os dias são feitas detenções de traficantes e apreensões de, essencialmente, gasolina e gasóleo.
“Achamos que temos que fazer um estudo sobre essa questão do tráfico, para cortar de facto onde sai esse combustível, quem fornece esse combustível. Aí entra uma cadeia de estruturas que têm que colaborar no sentido da identificação dos potenciais fornecedores deste tráfico”, disse Paulo de Almeida, em declarações emitidas pela rádio pública angolana.
Segundo o comandante-geral da Polícia Nacional, trata-se de uma situação que está a preocupar as autoridades, porque “são metros cúbicos de combustível, quer seja gasolina, quer seja gasóleo, e que isso lesa sobremaneira a economia”.
O comandante-geral sublinhou que existem outras políticas a serem desenvolvidas também pelo Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos ou a Sonangol, petrolífera estatal, que estão a fazer o estudo no sentido de travar esse negócio e a procura elevada de combustível, sobretudo do lado da RDCongo.
Apesar das dificuldades por que passa a Polícia de Guarda Fronteira, Paulo de Almeida enalteceu o esforço que faz no controlo do tráfico de combustível e imigração ilegal.