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Guizhou aposta no combate à pobreza

Shi Qiangui e Zheng Minghong

Wei Shi Bao, 33 anos, está atualmente a receber formação numa fábrica no âmbito de um programa de combate à pobreza. É um dos “novos residentes” que se mudou para a cidade à procura de uma vida melhor. Depois de terminar a formação, se cumprir todos os requisitos, vai poder começar a trabalhar na fábrica. 

Wei Shi Bao é natural da aldeia de Wangnan, concelho de Wangmo, na prefeitura autónoma de Qianxinan Buyei e Miao, em Guizhou. Em julho de 2019, juntamente com a família, aproveitou a nova política de alívio de pobreza no interior para se mudar para um alojamento temporário em Wangmo.

Antes de se mudar para Wangmo, Wei Shi Bao trabalhava numa pequena loja local de reparação de motorizadas. A alteração de residência implicou a procura de um novo emprego. Foi aí que Wang Shi Bao soube da existência de um programa de formação destinado a ajudar no combate à pobreza. Inscreveu-se voluntariamente e tornou-se num dos primeiros trabalhadores de uma fábrica de malas de pele a receber e a concluir a formação. 

Durante o período de formação profissional foi-lhe atribuído um subsídio de 2.400 RMB por mês. “Depois da aprendizagem, o salário passa a ser fixado em função do fator eficiência, por isso acredito que venha a ultrapassar os 3.000 RMB”, disse Wei Shi Bao.

Os responsáveis da empresa afirmaram que o programa de formação profissional está ainda a viver uma fase experimental, mas apontam para que “no final, e já depois de entrar em velocidade de cruzeiro, este ajude a retirar mais de 200 pessoas do desemprego”. Esta unidade fabril especializada no fabrico de malas em pele consegue colocar no estrangeiro a totalidade da produção.

A fábrica de malas de pele exporta todos os seus produtos para o estrangeiro

Dong Pingchun, diretora da empresa detentora da fábrica, adiantou que a companhia já promoveu também programas de formação profissional destinados a auxiliar no combate à pobreza em outros concelhos da prefeitura de Qianxinan Buyei e Miao. 

“Se incluirmos os que participaram nas ações de formação no âmbito do programa de combate à pobreza, o total de funcionários já ultrapassa os 800, dos quais 180 oriundos de famílias menos favorecidas”, acrescentou. Em 2019, a receita total de vendas da empresa atingiu os 120 milhões de RMB. 

A responsável afirmou ainda que devido à atual pandemia, a empresa retomou atividade apenas a 13 de fevereiro passado, um pouco mais tarde do que aconteceu habitualmente em anos anteriores, mas, mesmo assim, as encomendas aumentaram, registando um crescimento de cerca de 15 por cento, quando comparado com igual período do ano anterior. 

Não muito longe da fábrica e do respetivo parque industrial encontra-se um abrigo temporário localizado numa vila que que se dedica maioritariamente à produção de chá Buyei. Atualmente, mais de 13 mil pessoas do concelho de Pu’an vivem no abrigo.

“Construímos o abrigo perto do parque industrial em consideração com a situação de desemprego entre a população local ”, esclareceu Jiang Guang, diretor da Nova Sociedade de Chá Buyei. 

Luo Qifen, 51 anos, natural da aldeia Xizhai, em Pu’an, conseguiu um emprego na produção de chá depois de se mudar para a vila em 2018. A família, de seis membros, recebeu uma casa de 120 metros quadrados e conseguiu também encontrar emprego na empresa. 

“A maior vantagem de trabalhar aqui é estarmos perto de casa e o trabalho também não ser muito cansativo”, disse.

Luo Qifen disse ainda que o salário mensal é de pouco mais de 2.000 RMB, e que ao longo do período em que trabalha na empresa já terá plantado mais de 1 hectare de chá.

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