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Os altos e baixos do FC Porto rumo ao 29.º título de campeão

Azuis e brancos viveram uma época acidentada, entre sete pontos de atraso, pedido de demissão do treinador e até uma invulgar contestação a Pinto da Costa.

O29.º título de campeão do FC Porto (cinco antes do reinado de Pinto da Costa, 24 já com o atual presidente, dois deles como chefe do departamento de futebol) foi um caminho sinuoso num mundo acidentado. O global e o do Dragão: Conceição colocou o lugar à disposição durante esta época, o grande investimento está de quarentena competitiva (Nakajima), Pinto da Costa enfrentou dois adversários numa eleição pela primeira vez e o poder financeiro do Benfica chegou apenas para atenuar o domínio de quatro décadas dos campeões nacionais (década de 80: FCP 4 – Benfica 5; 90: 7-2; 2000: 6-2; 2010: 5-5).

Ao FC Porto bastava apenas um empate no clássico desta quarta-feira diante do Sporting para se sagrar campeão nacional, quando ainda faltam cumprir mais duas jornadas da I Liga. Mas a equipa de Sérgio Conceição não esteve com contemplações e venceu os leões de Rúben Amorim por 2-0 (golos de Danilo e Marega), num Estádio do Dragão sem público, uma contrariedade justificada pelos tempos de pandemia. A festa deu-se assim no relvado mal o árbitro João Pinheiro apitou para o final da partida.

Em janeiro, Sérgio colocava lugar à disposição

O campeonato ia a meio e o FC Porto tinha sete pontos de diferença para o Benfica. Mas, desta vez, negativa. Acabava o primeiro mês do estranho e acidentado ano de 2020 e Sérgio Conceição punha o lugar à disposição, depois de no interregno da I Liga ter perdido a final da Taça da Liga (0-1, 90+5″, Ricardo Horta) para o Sp. Braga.

“Estou a dizer que é preciso responsabilidade coletiva, a começar por mim. Não estou a falar do grupo de trabalho, mas de toda a gente. Porque é difícil… É difícil trabalhar em determinadas condições. No primeiro ano, sem reforços e sem dinheiro. No segundo, com falta de verdade desportiva. E, este ano, sem união dentro do clube. Fica difícil… Por isso, neste momento o meu lugar está à disposição do presidente”, desabafava um desgastado treinador após o jogo na Pedreira a 25 de janeiro.

É que oito dias antes (17 de Janeiro), o mesmo Sp. Braga do então sensacional – como agora no Sporting, aliás – Ruben Amorim tinha ganho no Dragão (1-2) e colocado os dragões na posição inversa da temporada passada, quando lideravam a prova com sete pontos de avanço sobre o Benfica e Bruno Lage inflamou a equipa da Luz para desfazer uma mais-valia que parece, à luz da atualidade, a crise conjugal dos sete anos. Praticamente irreversível. A manutenção da relação, claro.

A vitória que afundou o Benfica

Com 82 anos completados em dezembro, o presidente do FC Porto desde 1982 não foi por aí. É Sérgio para sempre. E a equipa arrancou uma série de sete jogos em que só empatou o último (1-1 na receção ao Rio Ave) antes da paragem forçada pela covid-19.

A terceira vitória dessa série foi o grito “Somos Porto” a ecoar dentro das cabeças dos jogadores. Um 3-2 sobre o Benfica que recuperava o “complexo de FCP” do clube da Luz, que parecia estar a ser dominado. De sete, passou para quatro pontos a diferença, mas, como se percebeu, foi bem mais do que isso.

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