A falta de formação especializada de muitos professores e, por conseguinte, uma maior dependência de manuais didácticos publicados por editoras oficiais da China pode resultar numa instrumentalização do ensino da História. É o que alerta um grupo de quatro investigadores, num artigo de uma publicação académica brasileira.
A partir do próximo ano lectivo, todos os alunos do 10.º ao 12.º ano vão passar a ter História como disciplina obrigatória, independentemente do agrupamento que escolham – humanidades, artes ou ciências.
Na perspectiva dos quatro investigadores, em que se inclui Teresa Vong da Universidade de Macau, a “redefinição” da História como disciplina obrigatória independente nos currículos das escolas secundárias marca uma “nova era”, com “oportunidades”, mas também “desafios”. Por um lado, “o ensino da História provavelmente receberá mais atenção nas escolas, com ênfase e missão cada vez mais fortes para consolidar a identidade nacional e manter a estabilidade social” mas, por outro, “esses objectivos políticos explícitos podem tornar-se gradualmente o objectivo principal do ensino da História, enquanto o cultivo do pensamento crítico e analítico, anteriormente considerado o primeiro e principal motivo do estudo da História, pode eventualmente ser omitido ou esquecido”, advertem os académicos.
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