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Angola quer criar Bolsa de Diamantes para acabar com tráfico

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás angolano anunciou hoje que o setor vai criar uma Bolsa de Diamantes, com medidas que passam pelo “aumento da produção e lapidação de diamantes e diminuição do garimpo”.

Diamantino Pedro Azevedo, que discursava hoje, em Luanda, na cerimónia de apresentação do Polo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo, província da Lunda Sul, disse que o setor está a organizar a exploração semi-industrial e criar um sistema de comercialização de diamantes “robusto, transparente e de cariz internacional”.

Angola conta atualmente com quatro fábricas de lapidação de diamantes, todas em Luanda, e polo de Saurimo, orçado em 77 milhões de dólares (62,2 milhões de euros) cuja conclusão está prevista para novembro, deve congregar mais quatro fábricas de lapidação.

“É intenção do executivo fomentar o surgimento de mais fábricas de lapidação, principalmente nas províncias produtoras de diamantes”, afirmou o governante.

O Pólo de Saurimo prevê a criação de uma plataforma industrial infraestruturada, “que permita localmente a agregação de valor, o fomento e o crescimento da atividade de beneficiamento de diamantes e o surgimento da indústria de joalharia local”, referiu.

Segundo o governante, a Empresa Nacional de Comercialização de Diamantes de Angola (Sodiam), gestora do projeto, foi orientada para a “criação de condições e ambiente de negócios de propicie e facilite o investimento privado”.

Pois, observou, “as decisões de investimento desta natureza são condicionadas à pré-existência de infraestruturas de suporte, que de outra forma poderia encarecer o valor total dos investimentos”.

Diamantino Pedro Azevedo assegurou também que além do ambiente infraestrutural, o empreendimento “terá um estatuto jurídico de zona franca, que irá conferir um conjunto de incentivos e benefícios operacionais e fiscais a todas as empresas ali instaladas”.

Para o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, a infraestrutura que está a ser erguida numa área de mais de 305 mil quilómetros quadrados traduz-se num “convite aos investidores para abraçaram as oportunidades de expansão dos seus negócios”.

Um centro de formação em avaliação e lapidação de diamantes sob responsabilidade da Sodiam e um outro espacializado em geologia, estudos e projetos da Empresa Nacional de Diamantes de Angola serão instalados no polo.

A área industrial é composta por 26 lotes de diferentes dimensões destinados à implantação de fábricas e indústrias do ramo da mineração, onde empresas públicas e privadas que desenvolvem a atividade mineira “poderão concorrer para a obtenção de espaços”.

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