“É arriscar ou morrer”, disse uma das adolescentes, de 16 anos de idade, gravida de sete meses, ao jornal OPAÍS, no momento em que vagueava pelos quarteirões da centralidade do Kilamba à procura de alimentos. Apesar de se ter montado nesta centralidade uma cozinha comunitária para atender os mais necessitado, situações como esta ainda são comuns.
A adolescente, encontrada a vaguear pelo Kilamba, disse a OPAÍS que prefere “morrer” pedindo a roubar, ou a não tentar. Se não pedir, não terá o que dar de comer às suas duas irmãs mais novas que a acompanham diariamente nessa jornada. Atendendo ao seu pedido, optamos por identifica-las pelos nomes fictícios de Ângela, Joana e Bela.
O trio vive numa moradia de chapas de zinco, vulgo bate-chapa, erguida num terreno que os seus pais estão a “vigiar” para inibir evasões, no bairro “Cinco Fios”, arredores da centralidade do Kilamba.
Ângela, a mais velha das três, conta que em sua casa vivem sete pessoas. Além dos pais, são quatro meninas e um rapaz, todos irmãos. O membro da sua família mais novo tem oito meses de vida.
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