Um laboratório de biossegurança na cidade de Wuhan, no centro da China, que se tornou o centro de várias teorias da conspiração sobre o coronavírus, é uma das instalações mais seguras do mundo.
Apesar das sugestões recentes de que o vírus possa ter escapado do laboratório, O Instituto de Virologia de Wuhan – e outras instalações semelhantes – adota rigorosas precauções para evitar tais acidentes.
Embora o erro humano nunca possa ser totalmente eliminado, esses acidentes são extremamente raros e aqueles que estão familiarizados com o trabalho nesse ambiente explicaram que os cientistas que trabalham neles estão sujeitos a uma série de verificações e controlos muito rigorosos.
Mas enquanto alguns filmes de Hollywood e jogos de computador como o famoso Resident Evil popularizaram a ideia de que patógenos foram lançados acidentalmente, os cientistas dizem que é improvável que isso possa acontecer em laboratórios projetados para conter patógenos mortais e que devem ser certificados para atender aos mais altos padrões de segurança.
O Instituto de Virologia de Wuhan foi certificado como uma instalação de nível de biossegurança quatro (BSL-4) em 2017 e ingressou num clube de elite com mais de 40 instalações operacionais em todo o mundo.
O instituto foi aprovado para estudar os patógenos mais mortais, como o Ébola, o vírus da Febre de Lassa e os vírus da febre hemorrágica da Crimeia e do Congo. Outros patógenos menos letais também são estudados em instalações de baixa segurança.
Yuan Zhiming, diretor do laboratório, já negou ter tido algum papel no surto e outros cientistas, assim como a Organização Mundial da Saúde, desmentiram repetidamente a sugestão de que o vírus, oficialmente conhecido como Sars-CoV-2, tivesse sido geneticamente modificado num laboratório.