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Países mais frágeis pedem alívio das dívidas públicas

“Apoiamos o apelo de alívio da dívida destes países através da isenção de pagamento dos juros e o recurso aos mecanismos dos países pobres muito endividados (PPTE) porque a paz duradoura e a estabilidade nos países com conflitos é a chave para a paz e prosperidade mundial”, adianta, em comunicado, o G7+, cuja sede é em Díli, capital de Timor-Leste.

Nesse sentido, o grupo apelou aos parceiros de desenvolvimento que disponibilizem “recursos suficientes para apoiar os países mais frágeis nos seus esforços para conter a propagação do novo coronavírus e para recuperar do seu impacto”.

Para esta organização, que reúne 20 dos estados mais frágeis do mundo, o distanciamento social e o confinamento serão “muito difíceis de manter” devido à falta de redes de segurança económica, infraestruturas subdesenvolvidas e à necessidade diária de sobrevivência dos cidadãos, particularmente nas zonas de conflito.

“Os países menos avançados encravados, que dependem do trânsito ininterrupto de mercadorias, serão particularmente afetados pelo encerramento de fronteiras” aponta o G7+.

Pede, por isso, aos doadores que “respondam as necessidades destes países investindo na segurança alimentar, cooperação regional, inovação tecnológica e fontes alternativas de financiamento”.

O G7+ é composto por 20 dos estados mais frágeis do mundo, países que foram ou são afetados por conflitos ou estão em processo de transição.

A maioria dos Estados-membros da organização localiza-se em África e na Ásia e entre eles contam-se os lusófonos Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

A organização apelou ainda ao reforço do apoio das organizações humanitárias e de desenvolvimento aos sistemas de saúde nos países destes países.

“A covid-19 está a ser uma prova dura para os sistemas de saúde de todo o mundo e os sistemas de saúde pública nos países frágeis e afetados por conflitos já estão condicionados pela falta de equipamento básico e pessoal”, refere o G7+, sustentando que se a pandemia não for travada irá “afundar os sistemas de saúde pública” nestes Estados.

A organização sublinha ainda o impacto do encerramento das fronteiras nas populações de refugiados e deslocados, apelando aos governos e organizações internacionais para que tenham em conta as suas necessidades e a sua segurança.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 181 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em todo o mundo.

Mais de 593.500 doentes foram considerados curados.

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