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Estudar as relações sino-lusófonas

A Universidade de Coimbra (UC) anunciou a criação de um curso de formação avançada em torno das relações entre a China e o mundo lusófono. 

Com o título “A China e os Países de Língua Portuguesa na Economia Mundial: Comércio, Turismo, Cooperação e Desenvolvimento”, o curso é coordenado por Carmen Amado Mendes, professora de Relações Internacionais da Faculdade de Economia da UC e autora de livros e artigos académicos sobre a transição de Macau, as negociações entre Portugal e a China e em torno do papel de Macau como plataforma entre a China e os países de língua portuguesa.

Carmen Mendes explica ao PLATAFORMA que “este curso procura reinventar o futuro desta relação secular”. Neste contexto, sublinha, a “Universidade de Coimbra desempenhou   um papel importantíssimo na história do relacionamento com o Oriente,  tendo sido durante muito tempo, a única universidade do mundo lusófono”. 

O programa destina-se a “atuais e futuros diplomatas, governantes, jornalistas, advogados e juristas, gestores, empreendedores e investidores, ou intermediários, que trabalhem sobre as relações da China com os países lusófonos e europeus”. 

O curso inclui quarto seminários abordando os sistemas políticos da China, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e da União Europeia, o turismo, investimentos e relações comerciais sino-lusófonas, as economias emergentes e a cooperação Sul-Sul e questões inter-culturais englobando a China e o mundo lusófono. 

Além disso, vai também oferecer disciplinas de língua portuguesa e língua chinesa para negócios. 

A criação deste curso surge na sequência de outras iniciativas da UC de aproximação à China nos últimos anos. A mais sonante foi a inauguração do Instituto Confúcio há dois anos, sediado no Colégio de Jesus da UC, um local com um simbolismo particular dado que foi do primeiro colégio jesuíta em Coimbra que começaram a sair muitos dos missionários que rumaram à China e ao Oriente há cerca de cinco séculos. O número de alunos chineses na UC tem vindo a aumentar significativamente, chegando no atual ano lectivo a cerca de  300, em resultado da criação em 2014 de uma via especial de acesso a  estudantes da China continental, através da qual estes podem candidatar-se à UC com base nos resultados do Exame Nacional de Entrada no Ensino Superior, conhecido como Gaokao. 

José Carlos Matias  01.06.2018

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