O Grande Prémio de Macau é o maior evento desportivo organizado na Região Administrativa Especial de Macau e uma das mais antigas provas automobilísticas em todo o mundo
Para além dos nomes sonantes da Fórmula 3, que passam por Macau com os olhos postos na Fórmula 1, o Grande Prémio cumpre este ano com a Taça GT Mundial da FIA a tradição de introduzir novidades num cartaz cheio, para todos os gostos do desporto motorizado Vários pilotos portugueses participam no 62.º Grande Prémio de Macau, a disputar este fim-desemana no circuito da Guia. Os primeiros treinos cronometrados começaram ontem, num cartaz com 8 provas, envolvendo 228 concorrentes de um total de 31 países e territórios.
Álvaro Parente vai participar na primeira Taça GT Mundial da Federação Internacional do Automóvel (FIA), pela FFF Racing Team da McLaren, a qual junta ainda o britânico William Buller e André Couto, que corre tradicionalmente com as cores de Macau. Recorde-se entretanto que André Couto apresenta-se este ano como campeão em título da categoria GT 300 do campeonato japonês de Super GT, após o sexto lugar conseguido esta semana na última prova do ano, em Motegi. Para o Grande Prémio de Motos, outra das quatro corridas principais, chegam Nuno Caetano (Kawasaki) e André Pires (Yamanha).
Cartaz GT
A Taça GT Mundial da FIA – por ser a primeira – figura como a grande novidade do cartaz deste ano. Vinte e quatro pilotos, incluindo o italiano Edoardo Mortara ou o neozelandês Earl Bamber, de um total de 14 países e territórios, participam na corrida, que conta com cinco fabricantes oficiais: Aston Martin, Audi, McLaren, Mercedes-Benz e Porsche. “Este é o resultado de duas histórias de sucesso: o conceito FIA GT3, utilizado na maioria dos campeonatos de GT em todo o mundo, e o lendário Grande Prémio de Macau”, comentou no mês passado Christian Schacht, no lançamento da prova em Macau.
Outra novidade prende-se com “nova era” da tradicional corrida da Guia, realizada pela primeira vez em 1972, uma vez que, este ano, não conta com o WTCC. A corrida da Guia, tradicionalmente uma corrida de carros de turismo, deu oportunidade para que a Série Internacional de TCR tenha em Macaua a sua final.
Esta prova junta na lista de entradas o ‘Rei de Macau’ em carros de turismo, o britânico Robert Huff (Honda), que já alcançou sete vitórias, o suíço Alain Menu (Subaru), três vezes campeão no território, o italiano Gianni Morbidelli, antigo piloto de Fórmula 1, bem como o piloto português que corre com as cores de Macau Rodolfo Ávila.
A estrela Rosenqvist
Na Taça Intercontinental em Fórmula 3, a ‘prova rainha’, vão alinhar na grelha de partida 28 carros. O vencedor de 2014, o sueco Felix Rosenqvist (Dallara Mercedes), de regresso como recémcampeão europeu de F3 da FIA, lidera a lista que inclui o japonês Kenta Yamashita e o neozelandês Nick Cassidy (Toyota), atualmente os líderes do campeonato de Fórmula 3 do Japão (que está na sua etapa final). O brasileiro Pietro Fittipaldi, neto de uma das grandes referências do automobilismo, Emerson Fittipaldi, também participa na prova vista como “trampolim” para a Fórmula 1.
O Grande Prémio de Motos, que parte para a 49.ª edição, vai reunir 32 pilotos de 11 países e territórios, juntando nos 6,2 quilómetros do circuito quatro campeões de anos anteriores (o escocês Stuart Easton e os ingleses Ian Hutchinson, Michael Rutter e John McGuinness).
Provas de suporte
Além das quatro corridas principais, o Grande Prémio conta ainda com quatro provas de suporte (ver calendário completo na contracapa deste suplemento). O orçamento disponibilizado é na ordem dos 200 milhões de patacas, praticamente idêntico ao de 2014. A organização espera arrecadar receitas de 53 milhões de patacas, sobretudo com os patrocínios e bilheteira, ou seja, mais 3,48%. O Grande Prémio de Macau é o maior evento desportivo organizado na Região Administrativa Especial de Macau e uma das mais antigas provas automobilísticas em todo o mundo.
20 de novembro 2015