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Um reforço português

A 20a edição da Feira Internacional de Macau (conhecida por MIF, a sigla inglesa), que começou ontem e termina no domingo, no hotel Venetian Macao, revela uma maior aposta nos produtos portugueses

A Cooperação – Chave para Oportunidades de Negócios é o tema da 20.a edição da Feira Internacional de Macau. Apesar de o orçamento se manter igual ao das anteriores duas edições, correspondendo a 36 milhões de patacas, os organizadores esperam uma maior afluência, uma vez que há um aumento de 22 por cento no número de empresas e organizações participantes, elevado a 950. O certame deste ano concentra numa área de 37.000 metros quadrados perto de 2.000 ‘stands’, conforme esclareceu, em conferência de imprensa, a coordenadora geral da 20.ª MIF e vogal executiva do Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau (IPIM), Irene Lau. “Há um aumento de seis por cento no número de visitantes profissionais registados, correspondendo a um total de 4.700”, esperando-se assim que esta seja a maior edição de sempre.

Num comunicado enviado à imprensa, o IPIM esclareceu também que espera um aumento do número de participantes, uma vez que “convidou o maior número possível de compradores, empresas conhecidas e pavilhões”, já tendo até agora conseguido encaminhar mais de 1.400 visitantes e compradores oriundos da província de Guangdong e de outros locais. Espera-se também que acorram participantes do Vietname, Indonésia, Malásia, Brunei, Índia, Paquistão e Camboja, que terão uma representação em exposições e fórums do certame.

Mas a grande novidade deste ano passa pelo número maior de produtos alimentares e outros em exposição, dos países lusófonos, mostrando também serviços de diferentes áreas, que vão das finanças à publicidade, passando pela tradução, comércio eletrónico, turismo e consultoria jurídica. Aliás, a MIF convidou 16 fornecedores, inscritos no portal para a cooperação na área económica e comercial e de recursos humanos entre a China e os países de língua portuguesa, que terão a seu cargo a apresentação dos respetivos serviços, em Português e Chinês. Portugal é o país lusófono com maior representação, contando com 130 empresas e associações. Assim, ao mesmo tempo da MIF decorre uma Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa, com 249 stands partilhados por mais de 150 expositores, concentrados numa área de 2.241 metros quadrados.

áreas, que vão das finanças à publicidade, passando pela tradução, comércio eletrónico, turismo e consultoria jurídica. Aliás, a MIF convidou 16 fornecedores, inscritos no portal para a cooperação na área económica e comercial e de recursos humanos entre a China e os países de língua portuguesa, que terão a seu cargo a apresentação dos respetivos serviços, em Português e Chinês. Portugal é o país lusófono com maior representação, contando com 130 empresas e associações. Assim, ao mesmo tempo da MIF decorre uma Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa, com 249 stands partilhados por mais de 150 expositores, concentrados numa área de 2.241 metros quadrados.

Conforme adiantou Irene Lau, em conferência de imprensa, a MIF deste ano enriqueceu o conteúdo e aumentou a escala do pavilhão empresarial dos países lusófonos, de forma a avançar na “criação da plataforma China/ Países de Língua Portuguesa de serviços de comércio e de cooperação empresarial, bem como apoiar e colaborar com o plano do Governo da RAEM de estabelecer três centros”.

Recorde-se que, na sequência da IV Conferência Ministerial do Fórum Macau, em 2013, o então secretário para a Economia e Finanças da RAEM, Francis Tam, referiu que Macau teria três novos centros estratégicos até 2016 para impulsionar as relações entre a China e os países lusófonos: um centro de convenções e exposições, outro na área da distribuição de produtos alimentares e um centro de arbitragem de eventuais conflitos comerciais entre empresas.

Os temas e as expectativas

O certame deste ano centra-se em oito grandes temas: Uma Faixa, Uma Rota; Plataforma entre a China e os Países de Língua Portuguesa; Zonas de Comércio Livre; Pequenas e Médias Empresas; Empreendedorismo Juvenil; Internet +; Indústria de Medicina Tradicional Chinesa e Indústrias Culturais e Criativas.

Os temas que orientam a MIF têm em vista ligar o passado ao futuro, conforme adianta a nota de imprensa do IPIM, “no seguimento do desenvolvimento da estratégia nacional Uma Faixa, Uma Rota e do objetivo do governo da RAEM de transformar Macau num centro mundial de turismo e lazer, assim como na criação da Plataforma dos Serviços para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa”.

O campo do empreendorismo jovem e do desenvolvimento das pequenas e médias empresas (PMEs), que tem também grande destaque na edição deste ano, a MIF tem um amplo leque de expositores, com diversos produtos como alimentação e bebidas alcoólicas, produtos eletrónicos, vestuário, calçado, artigos de couro, joias, artesanato, acessórios, utensílios domésticos, produtos criativos culturais, equipamentos e sistemas ambientais e industriais. São mais de 20 jovens empreendedores que participam no pavilhão das PMEs.

A MIF é organizada pelo IPIM e conta com o apoio especial da Associação Mundial das Agências de Promoção do Investimento (WAIPA). As entidades coorganizadoras governamentais são a Direcção dos Serviços de Economia, a Direcção dos Serviços de Turismo de Macau, o Departamento de Comércio da Província de Guangdong, a Comissão Económica e do Comércio Externo de Chongqing e a Comissão para a Promoção da Cooperação Económica Fujian-Macau.

Luciana Leitão

23 de outubro 2015

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