A alta velocidade ferroviária vai aproximar a China da sua capital.
Todas as capitais provinciais chinesas, excetuando Lhasa (Tibete) e Urumqi (Xinjiang), vão ficar, no máximo, a oito horas de Pequim, com a extensão da rede ferroviária de alta velocidade, a maior do mundo, com mais de 11.000 quilómetros de extensão, anunciou um especialista. Segundo Wang Mengshu, da Academia de Engenharia da China, a extensão vai implicar a construção de um túnel sob as águas do Golfo de Boahai, ligando Dalian a Yantai, no nordeste do país, que reduzirá de seis horas para apenas 40 minutos a viagem entre as duas cidades.
O túnel faz parte da rede de alta velocidade que ligará o nordeste da China à ilha de Hainan, no sudoeste do país, numa extensão de 5.700 quilómetros e que atravessará onze províncias.
Atualmente, a linha Pequim-Cantão, inaugurada em dezembro de 2012, é a mais longa do país, com 2.298 quilómetros. A viagem demora oito horas.
Pequim e Xangai, a “capital económica da China”, estão também ligadas pela alta velocidade, desde o verão de 2011.
A primeira linha chinesa de alta velocidade – entre Pequim e Tianjin – começou a operar há apenas seis anos, numa distância de cerca de 110 quilómetros, com comboios capazes de circular à 350 kms/hora. A República Popular da China está dividida em 22 províncias, 5 regiões autónomas (Tibete, Xinjiang, Mongólia Interior, Guangxi e Ningxia), quatro municípios diretamente dependentes do governo central (Pequim, Xangai, Tianjin e Chongqing) e duas regiões administrativas especiais (Hong Kong e Macau).
Trata-se do terceiro maior país do mundo, a seguir à Rússia e ao Canadá.