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NYUSI MOVIMENTA TASK FORCE

 

Históricos da Frelimo, como Mulémbwè, Pachinuapa, Dai e Tomé na caravana do candidato em Nampula e Manica

 

A pré-campanha do candidato da Frelimo para as eleições presidenciais de Outubro próximo conta, em Nampula e Manica, com “pesos pesados” como Eduardo Mulémbwè, Tobias Dai, Manuel Tomé e Marina Pachinuapa juntos, pela primeira vez, numa ação de uma espécie “Aliança Filipe Nyusi”. Na passagem por Niassa, Nyusi esteve com Aires Ali e em Cabo Delgado foi a vez de Óscar Monteiro. A integração de alguns “pesos pesados” na campanha de Nyusi é vista em muitos setores como um esforço da Frelimo de apresentar um partido “unido e coeso” à volta do candidato, depois dos turbulentos momentos que antecederam a sua eleição no Comité Central extraordinário de março passado.

Desde a sua eleição, Nyusi tem estado a desbravar o país para se fazer conhecer, num eleitorado cada vez mais exigente. Um dos principais adversários de Filipe Nyusi na corrida presidencial é Daviz Simango, presidente do MDM. Lembre-se que o MDM ganhou nas eleições autárquicas de Novembro de 2013 a presidência de quatro municípios, incluindo três capitais provinciais, Beira, Nampula e Quelimane, e teve importantes votações na capital, Maputo, e na cidade da Matola. O MDM mostrou ser um forte concorrente da Frelimo nas zonas urbanas. É também previsível que Nyusi concorra ao cargo de Presidente da República contra  Afonso Dhlakama, líder da Renamo, recentemente chancelado na Beira pelo seu partido. Dhlakama, que concorreu às quatro eleições presidenciais desde a introdução do multipartidarismo, após o fim da guerra civil, em 1992 e perdeu todas, tem visto a sua popularidade a crescer e deverá ser um forte concorrente da Frelimo nas zonas rurais. A Renamo, com a deputada Ivone Soares muito ativa, tem estado a dinamizar a précampanha do partido de Afonso Dhlakama, em vários pontos do país, sobretudo, no centro e norte, e a arrastar multidões.

 

NYUSI EM MANICA

Nampula_CathedralNa sua passagem pela província de Manica, Filipe Nyusi fez-se acompanhar por Eduardo Mulémbwè, membro da Comissão Política, que na corrida a candidato do partido não conseguiu reunir o mínimo de assinaturas para entrar no escrutínio. Mulémbwè, que teve a tarefa de apresentar Nyusi em Manica, definiu-o como um homem que depois de sonhar faz as obras nascerem. Para Mulémbwè, os sonhos de Nyusi servem como fonte de inspiração para grandes jornadas de trabalho e é um homem de muita introspeção que sempre lutou pela autossuperação. “Ele é o homem certo para herdar a Ponta Vermelha”, sugeriu Mulémbwè, antigo presidente da Assembleia da República e actual chefe da comissão Ad-Hoc para a revisão da Constituição da República. Em Manica, Nyusi escalou a cidade de Chimoio, a Vila de Catandica, em Barué, no distrito Manica, Sussundenga e Mossurize. Neste ponto do país, Nyusi falou dos ganhos da independência e da paz, desferindo duras críticas aos que apelidou de anti-patriotas. “A paz só pode ser vivida por patriotas, aqueles vivem como irmãos. A paz é saber aceitar que o outro tem razão, é ter cultura de diálogo e nunca recorrer a armas para alcançar os próprios interesses”, disse Nyusi.

Nyusi conta ainda com o apoio de Tobias Dai, deputado à Assembleia da República eleito pelo círculo eleitoral de Manica e Marina Pachinuapa, antiga combatente e uma das apoiantes de Luísa Diogo no Comité Central de Março. Manuel Tomé, membro do Comité Central, também acompanhou Nyusi.

 

“NAMPULA TEM UM DEVER MORAL COMIGO”

De 25 a 29 de Junho, o candidato da Frelimo, Filipe Nyusi, trabalhou na província de Nampula, onde pela primeira vez, desde o arranque do seu périplo pelas províncias, não visitou uma capital provincial. O distrito de Moma, cerca de 250 quilómetros da cidade de Nampula, foi a porta de entrada de Nyusi nesta província, que acabou optando por visitar a maior parte dos distritos costeiros como é caso de Angoche, Ilha de Moçambique, Mongicual, Mossuril, Nacala Porto, para além de Memba, Meconta e Erati. Nesta província, o candidato da Frelimo referiu que Nampula tem o dever de uma mãe, que é de levar o filho rumo ao caminho pretendido.

Nyusi fez notar que apesar de ter nascido em Cabo Delgado, começou a trabalhar em Nampula e de lá projectou-se para outros patamares. “Nampula tem um dever moral para comigo que é de me ajudar a chegar à Presidência da República. Foi nesta província que dei os meus primeiros passos profissionais e daí a considero minha mãe”, disse. Recorde-se que Nampula é o maior círculo eleitoral do país e uma vitória naquele ponto do país é meio caminho andando para a Ponta Vermelha, numa província onde a Frelimo sempre teve dificuldades.

 

RAMADÃO

O distrito de Nacala-Porto testemunhou o ponto final da visita de Nyusi a Nampula, num dia em que iniciava o mês de Ramadão para a comunidade muçulmana, que constitui a maioria da população na província. Filipe Nyusi apelou aos muçulmanos para que durante o sagrado mês de Ramadão dirijam suas rezas para o restabelecimento da paz no país e que cada membro desta comunida- de seja um verdadeiro mensageiro da paz em tudo que fizer. Referiu que o seu projecto de governação só pode ter sucesso com o restabelecimento da paz,  e por isso não descarta a possibilidade de se deslocar à “parte incerta”, onde está alojado o líder da Renamo, para uma conversa amena em torno da paz, caso seja eleito e o ecoar das armas prevaleça.

 

Argunaldo Nhampossa, em Nampula e Manica

 

 

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