Numa declaração, em português, após ser investido pelo Alto Comando Militar para Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública como presidente da Transição Militar, transmitida pelas redes sociais da Televisão da Guiné-Bissau (TGB), Horta Inta-A disse que “não foi uma opção fácil” a ação que resultou na tomada de poder do Estado pelas Forças Armadas guineenses.
“Não foi nada fácil, porque os militares que hoje integram o Alto Comando Militar para a Restauração da Segurança Nacional e Ordem Pública sempre se distinguiram por uma conduta disciplinada, de acordo com os princípios constitucionais que orientam as Forças Armadas”, disse.
A ação dos militares visou estancar “uma ameaça crescente que podia por em causa a democracia e a estabilidade política do Estado guineense”, explicou, referindo-se a “uma ameaça portadora de ingerência do Estado, de desordem pública e da própria desintegração das instituições do Estado de direito democrático, ameaça essa que era preciso prevenir e travar”.
Horta Inta-A considera que a “crise política grave” que o país atravessa “é justificação suficiente” para a ação que as Forças Armadas desencadearam quarta-feira. E adiantou que contribuiu para a ação desencadeada “a intensa atividade desenvolvida por um conhecido narcotraficante que, aproveitando-se do processo eleitoral, procurava por todos os meios filtrar, manipular e, no limite, capturar a própria democracia guineense”.
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