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Exportações lusófonas para a China caem mais de 12% até julho

O comércio lusófono com a China registou uma quebra de mais de 12% nas exportações até julho, no valor mais baixo desde a pandemia

Lusa

De acordo com informação dos Serviços de Alfândega da China, entre janeiro e julho o bloco lusófono vendeu mercadorias no valor de 72,4 mil milhões de dólares para o mercado chinês.

Segundo os dados, reunidos pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau), este é o valor mais baixo para os primeiros sete meses de um ano desde 2020, no início da pandemia de covid-19.

A descida deveu-se, sobretudo, ao Brasil – de longe o maior fornecedor lusófono do mercado chinês – cujas vendas caíram 12.4% para 60,6 mil milhões de dólares.

Além disso, também o segundo maior parceiro comercial chinês no bloco lusófono, Angola, viu as exportações decrescerem 16.8%, para 8,66 mil milhões de dólares.

As vendas de mercadorias de Portugal para a China diminuíram 3.7% para 1,69 mil milhões de dólares.

Seis dos nove países de língua portuguesa viram cair as respetivas exportações para o mercado chinês.

As vendas da Guiné Equatorial para o mercado chinês desceram quase um terço (31.1%), para 464,3 milhões de dólares, enquanto as exportações de Timor-Leste encolheram mais de metade (58.2%), para 139 mil dólares.

As remessas de Cabo Verde diminuíram 84.3%, embora o país tenha vendido apenas cerca de mil dólares em mercadorias.

A maior exceção foi Moçambique, cujas vendas subiram 15.7% para 982,5 milhões de dólares, enquanto as exportações de São Tomé e Príncipe cresceram oito vezes, para 41 mil dólares.

Já a Guiné-Bissau não exportou qualquer mercadoria para a China nos primeiros sete meses de 2025, tal como no mesmo período do ano passado.

Na direção oposta, as exportações chinesas para os países de língua portuguesa tiveram o melhor arranque de ano de sempre, aumentando 1.1%, para 49,9 mil milhões de dólares.

Este é o valor mais elevado para os primeiros sete meses de um ano desde que o Fórum de Macau começou a apresentar estes dados, em 2013.

Os dados revelam que o Brasil continua a ser o maior comprador no bloco lusófono, apesar das importações vindas da China terem caído 2.9% em comparação com o mesmo período de 2024, para 40,4 mil milhões de dólares.

Pelo contrário, o segundo na lista, Portugal, comprou à China mercadorias no valor de 3,93 mil milhões de dólares entre janeiro e julho, um aumento de 9%.

Apesar de vender mais e comprar menos, a China continua a registar um défice comercial com o bloco lusófono, que atingiu 22,5 mil milhões de dólares nos primeiros sete meses de 2025.

Ao todo, as trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram 122,3 mil milhões de dólares, menos 7.5% do que no mesmo período do ano passado.

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