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NATO indica um terço dos 11 mil soldados norte-coreanos na Ucrânia mortos ou feridos

O presidente do Comité Militar da NATO, o almirante Rob Bauer, indicou ontem que um terço dos soldados norte-coreanos que combatem ao lado da Rússia contra as forças ucranianas estão mortos ou feridos.

“Sabemos que cerca de 11.000 soldados estão na região de Kursk, utilizados pelos russos. O que sabemos agora, e que os ucranianos também sabem, é que um terço deles estão feridos ou mortos”, declarou Bauer em conferência de imprensa, após uma reunião de chefes do Estado-maior dos países da Aliança Atlântica.

O almirante neerlandês sublinhou que estas tropas enviadas por Pyongyang “não são utilizadas de forma muito eficaz”, porque “há um problema de linguagem com os russos, pelo que a coordenação entre os russos e os norte-coreanos não é realmente possível”.

Bauer referiu ainda que os norte-coreanos “não são necessariamente usados como escudo”, mas também não são utilizados de forma muito favorável no campo de batalha, pelo que “muitos deles morrerão, e é assim que acontece”.

Referindo-se aos militares da Coreia do Norte capturados pelos ucranianos, disse apenas que “foram interrogados, pelo que fornecerão informações”.

“Continua a ser surpreendente que um dos países mais isolados do mundo, a Coreia do Norte, seja agora, de repente, um interveniente”, considerou Bauer, acrescentando ser também “fascinante que a China esteja basicamente a permitir que isto aconteça”.

O presidente do Comité Militar da Aliança afirmou que foi transmitida à China a mensagem de que “não pode ter as duas coisas” ao mesmo tempo.

“Ou seja, não se pode dizer que se quer ser nosso amigo e negociar com os europeus e os americanos e, ao mesmo tempo, alimentar a guerra na Europa”, afirmou, reconhecendo que “não é totalmente claro” até onde vai a relação entre Moscovo e Pequim, mas as suas implicações a longo prazo “são, naturalmente, uma grande preocupação”.

Bauer recordou que, de acordo com os números da NATO, 700 mil soldados russos foram feridos ou mortos em quase três anos desde a invasão da Ucrânia, “um número enorme”.

O responsável militar salientou, em todo o caso, que a situação é “difícil para ambos os lados”, frisando que a Ucrânia “não está a colapsar na frente”, mantendo posições na região fronteiriça russa de Kursk, enquanto “os russos, basicamente, não alcançaram qualquer dos seus objetivos”.

Bauer recordou que, de acordo com os números da NATO, 700 mil soldados russos foram feridos ou mortos em quase três anos desde a invasão da Ucrânia, “um número enorme”.

Por seu lado, o comandante supremo Aliado para a Europa, o general Christopher G. Cavoli, afirmou que “o apoio da NATO à Ucrânia é duradouro” por várias razões, a começar pela intenção política dos aliados e porque foram criadas estruturas para tal.

“Temos infraestruturas. Temos pessoas designadas. E a SATU é uma sede importante. A NATO já assumiu a responsabilidade de defender os nós logísticos que permitem o fornecimento de armas à Ucrânia”, comentou, referindo-se ao comando que a Aliança assumiu a partir de uma base na Alemanha para coordenar a entrega de material e treino militar às forças de Kiev.

Relativamente à nova atividade da NATO denominada “Baltic Sentry” para proteger infraestruturas submarinas críticas no Mar Báltico com navios, aeronaves e outros meios, após as recentes suspeitas de ações de sabotagem atribuídas à chamada frota de “navios fantasma russos”, Cavoli observou que, “de muitas maneiras”, ilustra os desafios de defender instalações vitais.

O general norte-americano, que vai comandar o “Baltic Sentinel”, apontou que existem “complicações jurisdicionais” a nível nacional em relação a estas infraestruturas.

“Existe uma mistura complicada de autoridades pertencentes aos ministérios do Interior, guarda costeira, polícia, organizações internacionais, organizações comerciais e, em cada caso, trabalhamos muito cuidadosamente com a autoridade relevante para partilhar informações e dar uma compreensão do que está a acontecer no mar”, explicou.

Plataforma com Lusa

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