O pintor salientou-me que eu era um jornalista muito atento aos valores políticos, sociais e culturais de Macau e que estava muito embrenhado em todas as especificidades de Macau. Agradeci e voltámos ao tema várias vezes.
Certo dia, da década de 1980, um amigo que era íntimo do general António Ramalho Eanes, enviou-me um email dizendo que me preparasse para o “futuro” porque tinham-se iniciado negociações diplomáticas entre Portugal e a China com o intuito de prepararem um acordo para que Macau regressasse à soberania chinesa.
De início, senti alguma perturbação psicológica, mas fiquei em silêncio. Não traí a minha função de jornalista porque o meu interlocutor pediu-me o maio segredo sobre o assunto. Mais tarde, a notícia foi pública e o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva estava em Pequim ao lado de Deng Xiaoping, a fim de se cumprimentarem devido ao acordo firmado entre os dois países para que o território chinês de administração portuguesa passasse a ser governado sobre a soberania chinesa.
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