Quem passeia pelo centro da capital Tirana é difícil não tropeçar num bunker. São quase como cogumelos, mas estes apenas deixam a ponta de fora. Há de todos os tamanhos, a TSF visitou um que é agora museu.
À superfície só se vê a cúpula do bunker. É por aqui que se entra. No teto, oval, estão fixados dezenas de rostos, como faz questão de sublinhar o historiador Erald Kapri: “Vemos aqui fotografias de intelectuais, deputados, padres, que morreram. Todos eram considerados inimigos e milhares continuam desaparecidos. Não sabemos onde foram enterrados. Sabemos que pelo menos 6 mil pessoas foram mortas pelo regime comunista.”
Kapri tem sido das vozes mais ativas na luta contra o esquecimento e destaca que a Albânia ainda não se reconciliou com as vítimas do comunismo, nem sequer as compensou: “Ninguém neste país foi condenado pelos terríveis crimes que aconteceram no comunismo. Parece que nada aconteceu e isso é a coisa mais terrível no que toca aos governos da Albânia dos últimos anos.”
Leia mais em TSF