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Libertados opositores detidos pela polícia na Guiné-Bissau

A polícia guineense restituiu ontem à liberdade vários dirigentes da oposição que estavam detidos desde as primeiras horas desta quinta-feira quando tentavam organizar manifestações de rua em Bissau, disseram à Lusa fontes familiares e partidárias.

Um familiar da líder do Movimento Social Democrático (MSD), Joana Cobde Nhanca, assinalou à Lusa que aquela já se encontrava em casa e em liberdade. Um dirigente do Partido da Convergência Democrática (PCD), informou, por seu lado, que o líder, Vicente Fernandes, também foi restituído à liberdade.

Além destes opositores, os dirigentes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Dan Yala, Wasna Papai Danfa, António Patrocínio Barbosa e Abdu Sambu foram igualmente libertados pela polícia, disseram à Lusa fontes do partido. As mesmas fontes não souberam precisar se o porta-voz do partido, Muniro Conté, teria sido libertado ou não.

Estes opositores foram detidos pela Polícia de Ordem Pública (POP) quando tentaram organizar logo pela manhã desta quinta-feira passeatas pelas ruas da capital guineense em sinal de protesto por aquilo que consideram de “abuso do poder e falta de democracia” no país.

As passeatas foram organizadas pelas coligações Plataforma Aliança Inclusiva (PAI- Terra Ranka) e API (Aliança Patriótica Inclusiva). A polícia utilizou cassetetes e granadas de gás lacrimogêneo para dispersar as manifestações.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, considerou que as manifestações de rua, organizadas pela oposição, não fazem sentido uma vez que o próprio se mostrou aberto ao diálogo com as forças políticas do país.

A Guiné-Bissau preparava-se para realizar eleições legislativas antecipadas no próximo domingo, mas, entretanto, foram adiadas por falta de condições técnicas e financeiras, de acordo com um decreto do Presidente por sugestão do Governo.

A oposição marcou para domingo, 24, uma manifestação popular “em todo o país” para protestar contra o que considera de “ditadura pior do que da época colonial”.

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