Wong Sio Chak pode ser o único sobrevivente de uma remodelação profunda – e tecnocrata. Esta lista coloca-o na Administração e Justiça; ponte para o Conselho Executivo – e substituto do Chefe do Executivo na sua ausência. Aos 56 anos – dez na governação – seria o peso mais pesado a coadjuvar Sam Hou Fai, de quem é próximo e a quem é “totalmente fiel” – garante quem os conhece.
As duas mulheres na lista trabalharam com Chui Sai On, Chefe do Executivo entre 2009 e 2019. O Lam, neta de Ke Lin – antigo diretor do Kiang Wu e estrela na Secção de Operações Especiais do Comité Central do PC (Secreta) – chefiou o gabinete de Chui Sai On e era forte candidata aos Assuntos Sociais e Cultura. Afinal, pode ir para a Economia e Finanças. Sónia Chan, antiga secretária para a Administração e Justiça, tem apoio entre os tradicionais, nomeadamente na Associação das Mulheres. Contudo, fonte do PLATAFORMA garante que, nomeada em janeiro para os Serviços da Supervisão e da Gestão dos Activos Públicos (DSGAP), “não tem intenções de sair”. A alternativa seria a diretora do Turismo (DST), Helena de Senna Fernandes.
A substituição de Raimundo do Rosário pode resolver-se com o atual diretor das Obras Públicas, Lam Wai Hou. Para a Segurança surge o nome de Chan Tsz King, Comissário contra a Corrupção. Segundo apurámos, é “alternativa credível” a outra opção para o Governo: o Comissário da Auditoria, Ho Veng On, que era admitido para a Economia e Finanças.
Não surge nesta lista – ou noutras alternativas – um único empresário da oligarquia local ou herdeiros das mais influentes famílias de Macau.
Também foi possível apurar que André Cheong – atual secretário para a Administração e Justiça – está indicado para Comissário da Auditoria; e a juíza Lou Ieng Ha – presidente do Tribunal Colectivo dos Tribunais de Primeira Instância – para o Comissariado contra a Corrupção.