Esta foi a segunda subida consecutiva das taxas na maior economia da América Latina, após um longo ciclo de cortes. O emissor já tinha aumentado o custo do dinheiro em setembro, mas em 0,25 pontos percentuais, naquele que foi o primeiro aumento da taxa de juro em quase 20 meses.
O banco central, que se reuniu um dia depois da vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas, citou o “ambiente externo desafiante” como uma das razões para a subida das taxas.
Segundo o banco central, a incerteza externa, “principalmente devido à situação económica incerta nos Estados Unidos, levanta maiores dúvidas sobre o ritmo de desaceleração económica, a desinflação e, consequentemente, a postura do Fed (Federal Treasury)”.
De acordo com o emitente, este cenário externo “continua a exigir cautela por parte dos países emergentes”. Sobre as questões internas, afirmou que, embora a atividade económica e o mercado de trabalho brasileiro continuem a mostrar grande dinamismo, a inflação é uma ameaça.
Os analistas do mercado financeiro já estão a prever que a inflação terminará 2024 em cerca de 4,60%. O dólar fechou a sexta-feira a 5,87 reais, o segundo maior nível da história. A moeda brasileira já se desvalorizou quase 20% este ano, o que também pressiona a inflação.
Plataforma com Lusa