A aprovação simultânea de 11 reatores representa um novo recorde, segundo o jornal Jiemian. Estes novos pontos de produção de eletricidade situam-se nas províncias de Jiangsu (leste), Shandong (leste), Guangdong (sudeste), Zhejiang (leste) e Guangxi (sudeste).
O jornal Jiemian estima o investimento em 220 mil milhões de yuan, multiplicando o custo médio por reator em 20 mil milhões de yuan (cerca de 2,5 mil milhões de euros). A China demora normalmente cerca de cinco anos entre a aprovação do projeto e a sua conclusão.
Seis destes reatores vão ser operados por filiais do grupo estatal China General Nuclear Power Group (CGN) e espera-se que vários deles sejam do tipo Hualong One, de terceira geração, desenvolvido pela China.
O objetivo de Pequim é que a percentagem de energia nuclear no cabaz energético duplique de 5% para 10%, até 2035.
A China National Nuclear Corporation (CNNC) construirá mais três centrais e a State Power Investment Corporation (SPIC) construirá as outras duas. Ambas as empresas são igualmente detidas pelo Estado.
Um dos projetos operados pela CNNC, Xuwei (em Jiangsu), incluirá um reator de quarta geração arrefecido a gás, capaz de fornecer calor e eletricidade e com características de segurança mais avançadas.
De acordo com a agência Bloomberg, a China tem mais reatores em construção do que qualquer outro país do mundo, depois de ter aprovado uma dúzia em cada um dos últimos dois anos, o que faz com que se preveja que venha a ser o maior produtor mundial de energia nuclear até 2030, ultrapassando a França e Estados Unidos.
Atualmente, existem 56 reatores em funcionamento no país asiático, que produzem 5% da procura total de eletricidade, segundo dados do Governo chinês.
No âmbito dos seus planos de segurança energética e de redução das emissões, as autoridades chinesas estão a apoiar a energia nuclear e as energias renováveis, como a eólica e a solar. O objetivo de Pequim é que a percentagem de energia nuclear no cabaz energético duplique de 5% para 10%, até 2035.