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Lula garante a Macron ambição de desflorestação ilegal zero na Amazónia

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, reforçou hoje, frente ao seu homólogo francês, Emmanuel Macron, que o Brasil ambiciona reduzir a zero a desflorestação ilegal na Amazónia até 2030.

“Estamos empenhados em alcançar a desflorestação zero na Amazónia até 2030, apesar de ninguém nos ter pedido e de nenhuma convenção nos obrigar a isso”, disse Lula num encontro com Macron na ilha amazónica de Combú, no primeiro dia da visita oficial do Presidente francês ao Brasil.

O chefe de Estado brasileiro frisou que o compromisso do Brasil é inteiramente voluntário e maior do que os compromissos no Acordo de Paris sobre alterações climáticas ou em qualquer outra convenção internacional.

“Fomos nós, no Governo, que decidimos que a gente vai levar a luta contra o desmatamento como uma profissão de fé. A gente vai acabar para provar ao mundo que nós vamos preservar a nossa Amazónia”, disse, citado na imprensa local.

(Photo by Ludovic MARIN / AFP)

Ainda assim, sublinhou que quer “convencer o mundo” que é importante que “os países que ainda tem floresta mantenham as suas florestas em pé”.

De acordo com o presidente brasileiro, Macron terá a oportunidade no próximo ano, quando regressar ao Brasil para participar na COP30, agendada na cidade amazónica de Belém, de ouvir o que a Amazónia realmente quer.

“Nós não queremos transformar a Amazónia no santuário da humanidade. O que nós queremos é compartilhar com o mundo a exploração e a pesquisa da riqueza da nossa de biodiversidade, mas que os indígenas possam participar de tudo que for usufruindo das terras onde eles moram”, afirmou.

O encontro entre Lula da Silva e Macron teve lugar na ilha de Combú, na baía amazónica de Guajará, onde os presidentes francês e brasileiro navegaram depois de se terem reunido em Belém, a capital do Pará, que vai acolher a COP30.

Neste primeiro dia de viagem oficial do chefe de Estado francês, os dois presidentes lançaram um programa de mil milhões de euros em investimentos verdes na Amazónia brasileira e guianense.

O anúncio foi feito no primeiro de três dias da visita de Estado de Emmanuel Macron ao Brasil e que faz parte de uma ambição internacional que os dois chefes de Estado pretendem promover até à COP30, na cidade brasileira de Belém, em 2025.

Em comunicado conjunto, os dois países comprometeram-se com um “grande programa de investimentos em bioeconomia para a Amazónia brasileira e guianense, com o objetivo de alavancar mil milhões de euros em investimentos públicos e privados em bioeconomia nos próximos quatro anos”.

Plataforma com Lusa

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