A tendência é marcante e surge à luz dos números divulgados na semana passada pelo Banco de Portugal (BdP): os empréstimos contratualizados entre o setor financeiro e as famílias para fazer face a despesas de saúde, educação e energias renováveis têm crescido a um ritmo vertiginoso ao longo da última década. Só em 2023, foram concedidos 140,9 milhões de euros para o conjunto das referidas finalidades, o que significa quatro vezes mais (332%) do que o valor financiado em 2015 (32,6 milhões), o último ano de governação social-democrata. Falamos de uma diferença nominal de 108,3 milhões de euros.
De acordo com a Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC), os seus 28 associados foram responsáveis por conceder 125 milhões de euros nestas categorias, o correspondente a 89% daquele montante. Por questões concorrenciais, a instituição não está autorizada a refinar a estatística além dos padrões do supervisor, mas ao DN/Dinheiro Vivo, Duarte Pereira Gomes, o seu secretário-geral, admite que, na variação observada, pesam sobretudo os segmentos da saúde e das energias renováveis. Os empréstimos para educação, por seu turno, ter-se-ão mantido estáveis, ao passo que o leasing de equipamentos “nem é de se considerar”.
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