Os casinos arrecadaram 11,8 mil milhões de patacas (1,4 mil milhões de euros) entre julho e setembro, no chamado jogo bacará VIP, contra 12,2 mil milhões de patacas (1,4 mil milhões de euros) entre abril e junho, revelou a DICJ na segunda-feira.
Esta queda inverte a recuperação do segmento das grandes apostas, cujas receitas tinham subido 41,9 por cento no segundo trimestre, após Macau ter removido todas as restrições à entrada de turistas devido à pandemia de covid-19.
Ainda assim, as receitas entre julho e setembro foram já superiores ao registado durante 2022 (10,1 mil milhões de patacas ou 1,2 mil milhões de euros), ano em que o segmento foi afetado pela detenção do líder da maior empresa angariadora de apostas VIP do mundo.
O antigo diretor executivo da Suncity, Alvin Chau Cheok Wa, foi condenado em janeiro a 18 anos de prisão por exploração ilícita de jogo e sociedade secreta, num caso que fez cair de 85 para 46 o número de licenças de promotores de jogo emitidas em Macau.
Em abril, o antigo líder de uma outra angariadora de apostas VIP em Macau, o Tak Chun Group, Levo Chan Weng Lin, foi condenado a 14 anos de prisão por crimes que vão desde o jogo ilegal ao branqueamento de capitais.
O total acumulado no jogo VIP nos primeiros nove meses do ano foi de 32,5 mil milhões de patacas (3,8 mil milhões de euros), indicou a DICJ, equivalente a 24 por cento do registado em 2019: 135,2 mil milhões de patacas (16 mil milhões de euros).
O bacará VIP, que antes da pandemia de covid-19 representava quase metade de todas as receitas do jogo em casino na região administrativa especial chinesa, ficou-se por uma fatia de 24,1 por cento no terceiro trimestre deste ano.
Pelo contrário, o bacará no chamado mercado de massas representou quase 61 por cento do total das receitas do jogo em Macau entre julho e setembro, subindo 11,6 por cento em comparação com os três meses anteriores, para 29,8 mil milhões de patacas (3,5 mil milhões de euros).
A 8 de janeiro, após quase três anos, Macau retirou todas as restrições à entrada de turistas do interior da China, nomeadamente a apresentação de certificado de um teste de covid-19 com resultado negativo.
Com o fim das restrições, Macau recebeu 17,6 milhões de visitantes nos primeiros oito meses de 2023, quatro vezes mais do que no mesmo período do ano passado, mais ainda dois terços do valor registado entre janeiro e agosto de 2019.