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Cerca de 30 mil pessoas em situação de pobreza extrema em São Tomé e Príncipe

A Direção da Proteção Social são-tomense anunciou hoje que 29.649 pessoas, de 7.581 agregados familiares, vivem em situação de extrema pobreza e foram identificadas no Cadastro Social Único (CSU) para facilitar a definição de programas de apoio.

“Nós sabemos que ainda não foram identificadas todas [as pessoas] e isso assusta-nos. Pelo grupo que já conseguimos identificar já temos esse número, imagina quando conseguirmos alargar ainda mais o cadastro”, comentou Núria Ceita, diretora da Proteção Social, Solidariedade e Família, em declarações à Lusa.

O CSU de São Tomé Príncipe foi desenvolvido no ano passado com apoio da Organização Internacional de Trabalho (OIT) com o objetivo de identificar, na primeira fase, todas “as pessoas que estejam na extrema” pobreza e “que ainda precisam de programas sociais do Governo”, e posteriormente todas as famílias são-tomenses.

Dos dados divulgados durante um ateliê de apresentação dos resultados do registo, 5.539 (73%) das famílias que estão em extrema pobreza são chefiadas por mulheres, enquanto 2.042 (27%) são lideradas por homens.

“Infelizmente as mulheres são as mais afetadas porque temos muitas mulheres mães sozinhas que são responsáveis pelas famílias, então o rosto feminino é mais representativo”, sublinhou a diretora da Proteção Social são-tomense.

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O registo apontou ainda 602 pessoas com deficiência mental, 1.526 com deficiência motora, 1.711 com deficiência visual, bem como 423 agregados familiares assinalados com crianças em risco de abandono.

“São números alarmantes que têm a nossa atenção e vão continuar a ter”, assegurou Núria Ceita.

A diretora da Proteção Social são-tomense sublinhou que o CSU é uma “mais-valia” que vai permitir “ter o acesso rápido a essas famílias vulneráveis” para que as instituições possam “fazer as ajudas chegar de forma mais rápida”.

No entanto, o decreto-lei para a regulamentação do CSU foi aprovado pelo Governo no ano passado, e desde então aguarda pela promulgação pelo Presidente da República.

“Esse ateliê também foi um alerta para a necessidade de promulgação do decreto-lei”, sublinhou Núria Ceita.

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