Cerca de dois meses depois, em fevereiro, a Rússia invadiu a Ucrânia e em maio, Ferdinand Marcos Jr., filho do ditador Ferdinand Marcos deposto por uma revolução popular em 1986, foi eleito Presidente das Filipinas.
Estes dois factos têm em comum o terem sido antecedidos de campanhas nas redes sociais que criaram a narrativa usada pela Rússia para justificar a invasão e, no caso do país do Sudeste Asiático, converteram Marcos pai “de pária em herói”.
É este o ponto de partida de Como fazer frente a um ditador: a luta pelo nosso futuro, o livro que Maria Ressa lançou no final de 2022, e cuja edição portuguesa foi publicada pela Ideias de Ler, da Porto Editora.
Com prefácio da sua advogada, Amal Clooney, o livro conta a história pessoal da jornalista e agora presidente do grupo Rappler, um ‘site’ de notícias digital que cofundou em 2012, num percurso que usa para denunciar a impunidade das empresas que controlam as redes sociais, como a Meta, de Mark Zuckerberg.
Maria Ressa, 59 anos, diz, no livro, que o escreveu para tentar “mostrar que a falta de um Estado de Direito no mundo virtual é devastadora”.
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