INE. Emprego começou a ceder, recuando cerca de 0,5% entre o terceiro e quarto trimestre de 2022. Taxa de desemprego total subiu para 6,5% e nos jovens já vai em quase 20%, outra vez.
No último trimestre do ano passado, o emprego em Portugal interrompeu a tendência de recuperação que se registava no começo de 2021 e a taxa de desemprego deu o maior salto desde meados de 2020, quando o país estava a entrar nos primeiros desconfinamentos da pandemia, indicou o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta quarta-feira.
Parece ser o primeiro grande embate efetivo da atual crise inflacionista no mercado de trabalho nacional.
Tardou, mas o mercado laboral começa a vacilar, apesar dos apoios públicos e do discurso de aparente confiança dos últimos meses.
Para já a economia portuguesa evitou uma recessão, mas o abrandamento da atividade é notório e a confiança dos investidores parece estar a marcar passo, contribuindo para o adiamento ou a paragem de vários negócios e investimentos e travando a criação de novos postos de trabalho.
Segundo o novo inquérito trimestral ao emprego do INE, no 4.º trimestre de 2022, a população empregada recuou entre o terceiro e o quarto trimestre, para um total de 4,9 milhões de pessoas.
Foi “uma diminuição de 0,5% (26,2 mil) em relação ao trimestre anterior”, interrompendo assim a tendência de recuperação do emprego que se tinha iniciado no arranque de 2021, depois dos vários confinamentos iniciais da pandemia que paralisaram a atividade da maioria das empresas e a mobilidade das pessoas.
Em termos homólogos, o emprego ainda consegue registar um pequeno acréscimo — cerca de “0,5% (23,9 mil) — face ao último trimestre de 2021.
No desemprego, tudo aparentemente pior.
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