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“Preocupadíssimo e com uma igreja dividida” é o estado de alma do Santo Padre, que se refere aos casos de abuso sexual como “monstruosidade”. Está tudo no livro Francisco, O Caminho, de Maria João Avillez, que é lançado esta terça-feira. À conversa com o DN, a jornalista e cronista política aponta ao governo a “falta de reformas”, o “descrédito” e “desmazelo” nos gastos e diz que o país precisa da direita e de “um ciclo político diferente”.
O livro aborda vários desafios que a Igreja enfrenta, onde se destacam os casos de abuso sexual. Na sua opinião, que imagem da Igreja emana desta obra?
A primeira coisa é dar graças a Deus de haver um Papa assim, que consegue aliar na sua pessoa uma proximidade, afetividade e um imediato acolhimento de quem chega, de quem vem e de quem ele acaba de conhecer. Tem uma enorme solidez teológica, uma enorme lucidez de como deve conduzir a Igreja, e uma enorme segurança na condução de uma Igreja que, neste momento, atravessa uma crise e não só por causa dos abusos.