A “mamadeira de piroca”, notícia falsa que marcou a eleição de 2018, deu espaço em 2022 para denúncias infundadas sobre urnas e pesquisas eleitorais, conspirações sobre a TV Globo e a corte eleitoral e o boato de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fechará igrejas caso eleito.
Em 2018, a campanha foi dominada por fake news ligadas a questões morais e de gênero, como a mensagem dizendo que mamadeiras com bico em formato de pênis tinham sido distribuídas
em creches pelo PT e o boato da criação de um “kit gay” pelo então candidato à Presidência Fernando Haddad para doutrinar crianças.
Naquele ano em que a avalanche de notícias falsas surpreendeu os eleitores e as autoridades, montagens mostrando a ex-presidente Dilma Rousseff com o ex-ditador cubano Fidel Castro e acusações de terrorismo contra políticos também inundaram os grupos de WhatsApp, segundo levantamentos feitos pelas agências de checagem Lupa e Aos Fatos, pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e
pela USP (Universidade de São Paulo) na época.
Já em 2022, segundo mapeamento da Palver, empresa de tecnologia que monitora mais de 15 mil grupos públicos de WhatsApp, as mensagens desinformativas que mais viralizaram questionam de algum modo as urnas ou as autoridades eleitorais.
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