O relatório final, que está a ser realizado no Instituto Nacional de Medicina Legal, deverá esclarecer ainda as dúvidas sobre eventuais agressões sexuais e administração de sedativos para calar a menina. Os suspeitos do homicídio detidos pela Polícia Judiciária (PJ) – Cristina “Tita”, o marido, Justo, e a filha, Esmeralda – estão em prisão preventiva desde sábado. Foram detidos quando já tentavam fugir do país.
Está também por comprovar se as lesões que Jéssica apresentava seriam inevitavelmente fatais ou se ela poderia ter sido salva caso a mãe a tivesse levado para o hospital em vez de a levar para casa, onde morreu seis horas depois.
Segundo informações recolhidas pelo JN, as lesões que a menina apresentava na zona genital aparentam ser exteriores, o que faz supor que foi agredida daquela forma para aumentar o seu sofrimento, algo que apenas os exames complementares vão esclarecer. No mesmo sentido, análises ao sangue vão revelar se ela tomou Atarax, um medicamento com efeito calmante. Esta versão foi avançada à PJ pela mãe da menina, Inês Marinita, no dia em que Jéssica morreu em casa depois de uma semana de tortura pelos seus raptores “Tita”, o marido Justo e a filha Esmeralda.
Inês encontra-se refugiada em casa de familiares, cuja localização não é conhecida para a proteger da fúria dos populares. A mãe de Jéssica teve de sair da casa da sua mãe porque estava a receber ameaças de morte, por não ter denunciado o rapto da menina às autoridades e não ter ido com ela ao hospital quando a recebeu moribunda das mãos dos suspeitos, na segunda-feira, dia 20.
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