De dia para dia, o número de casos continua a aumentar. A região de Lisboa e Vale do Tejo concentra a maioria das infeções, mas há também registo de doentes nas regiões Norte e Algarve.
Em comunicado enviado às redações, a DGS confirmou que os casos identificados estão a ser acompanhados, “encontrando-se estáveis e em ambulatório”. Todas as infeções confirmadas são em homens entre os 23 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos.
A autoridade de saúde revelou, ainda, que “Portugal está a encetar diligências, no sentido de constituir uma reserva nacional de vacinas, através do mecanismo europeu”, e confirmou que está a “ser estudada a eventual necessidade de administrar a vacina a contactos de casos confirmados e a profissionais de saúde, no contexto deste surto”.
Aos jornalistas, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Lacerda Sales, confirma a existência de um “movimento de aquisição europeia” de vacinas contra a varíola, prevendo-se uma “distribuição de acordo com as pretensões de Portugal”. De qualquer forma, o país não espera receber uma quantidade elevada de vacinas.
“Esperemos que não seja uma quantidade muito grande, que seja uma quantidade relativamente pequena, porque vamos esperar que, do ponto de vista de autodelimitação da própria epidemia, os casos não justifiquem” mais vacinas.
A DGS ainda está a avaliar a necessidade de imunizar os casos confirmados e os profissionais de saúde. Enquanto não houver uma decisão da autoridade nacional de saúde pública, Lacerda Sales confirma que “a decisão política é de não vacinar para já”.
O governante entende que não há razões para alarme. “São 58 casos, todos estão estáveis, e é uma doença autolimitada que tem de esperar o tempo de resolução. Esses doentes devem autoisolar-se, até que a crostas e as pústulas desapareçam”.
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