Início Atualidade Há mesmo uma nova onda epidémica na Europa?

Há mesmo uma nova onda epidémica na Europa?

Na semana de 7 a 14 de março vários países da Europa registaram um aumento de casos. Por exemplo, a Alemanha registou 1 364 312 novos casos de covid-19.A Holanda diagnosticou 460 732 novos casos, a França 434 706, a Itália 347 095, a Áustria 291 27 e a Grécia 127 142. Portugal, cujo R(t) tem vindo a subir nas últimas três semanas, teve 80 813, a Dinamarca 86 542 e a Espanha 73 912. Mas o aumento de casos também foi sentido a Leste, na Polónia 76 636 novos casos, na Roménia 23 733, na República Checa 53 731 ou na Eslováquia 63 573.

No grupo de países da União da Europeia, a pressão está agora centrada nos países mais a Norte, sendo Malta o país com menos casos 959, embora o Luxemburgo, a Suécia e a Hungria também estejam no grupo dos menos atingidos, com 4023, 7536 e 8464, respetivamente. Fora da UE destacam-se o Reino Unido com 294 904 novos casos e a Suíça com 114 376.

Os dados são revelados pela própria Organização Mundial da Saúde, e atualizados a 14 de março, mas o que está fazer aumentar, de novo, as infeções por SARS- CoV-2 na Europa, quando muitos dos países como Portugal e Espanha que já têm uma taxa de cobertura vacinal elevada? Pode já falar-se numa nova onda? Há especialistas internacionais que já alertaram para esse facto.

O imunologista e professor na Faculdade de Medicina de Coimbra, Manuel Santos Rosa, defende ao DN que “ainda é difícil uma explicação fundamentada em factos reais e científicos, mas, provavelmente, o que está a acontecer resulta de um conjunto de situações”.

Uma delas, refere, “é, evidentemente, o facto de a população em geral estar cansada da pandemia. Os próprios governantes também e todos tentam aliviar medidas de proteção, numa tentativa de regressar a uma vida normal”. Portanto, este aumento de casos que agora se começa a registar na Europa, embora com dimensões ainda muito diferentes, tem a ver com o alívio das restrições na esmagadora maioria dos países, mas também com o facto de, alguns destes países, sobretudo os da Europa do Norte e do Leste, terem ainda uma cobertura vacinal baixa.

Mas não só. O especialista defende ainda que este aumento de casos ou já uma possível onda epidémica podem estar associados a outros fatores: “O clima, temperaturas abaixo dos zero graus, e os movimentos migratórios provocados pela guerra na Ucrânia.” Na opinião de Manuel Santos Rosa, estes fatores todos juntos “criam maior probabilidade de o vírus se difundir e de se formarem novas ondas, mas o perigo não é a formação de ondas menores ou maiores na Europa, o perigo é o vírus fazer uma mutação mais gravosa do que as que temos agora e isso é possível à medida que se propaga numa população não vacinada e vacinada, como se tem estado a verificar com a variante Ómicron”.

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