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Especialistas apresentam as prioridades brasileiras de negócios com a China

Especialistas brasileiros apresentaram nesta terça-feira em um seminário online as prioridades e particularidades do mundo dos negócios em relação à China, destacando as estratégias do setor do agronegócio e os aspectos culturais nas negociações com as empresas chinesas.

Organizado pela área de comércio internacional do Banco do Brasil, o evento contou com a participação do assessor especial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o diplomata Jean Rodolfo Madruga Taruhn.

O Banco do Brasil é a única instituição financeira brasileira para auxiliar as empresas de seu país com presença na China

Taruhn, que trabalhou no Consulado Geral do Brasil em Shanghai entre 2017 e 2021, apresentou as estratégias brasileiras com relação à China no setor do agronegócio.

“A primeira prioridade do agronegócio brasileiro é continuar a relação com a China no longo prazo. O agronegócio do Brasil vendeu mais de 40 bilhões de dólares à China no ano passado, a metade dos países do mundo não tem esse valor de PIB (Produto Interno Bruto)”, ressaltou.

Taruhn enfatizou que se trata de um dos fluxos de comércio mais importantes do mundo, altamente superavitário para o Brasil.

“Em segundo lugar, precisamos diversificar essas exportações, com produtos que os chineses queiram comprar e que possamos produzir. Nesse momento, estamos negociando com a China mais de 50 produtos que gostaríamos de vender. E, para vender, precisamos formar uma imagem do Brasil para os consumidores chineses”, explicou.

Com esse objetivo, o especialista brasileiro recomendou aos empresários de seu país apostarem na apresentação digital de sus produtos nas plataformas de comércio eletrônico, e adquirirem um maior conhecimento das preferências do mercado chinês.

Por sua vez, o representante do Banco do Brasil em Shanghai, Rodrigo Vollet, abordou os aspectos culturais na negociação com as empresas chinesas.

Como exemplo, Vollet citou as novas medidas para controlar a pandemia da COVID-19, e elogiou o compromisso das autoridades e cidadãos chineses para encontrar soluções.

Sobre as oportunidades para o Brasil com relação à demanda chinesa, ele apontou em primeiro lugar o forte interesse em matérias primas e produtos naturais.

“A China tem muito interesse em produtos naturais, por uma razão óbvia, é uma população de 1,4 bilhão de pessoas. Então, é um país que demanda muitos produtos naturais, além de commodities agrícolas, porque essa população precisa comer, precisa ter segurança alimentar”, destacou.

Vollet explicou que também existe interesse na compra de produto com valor agregado, mas ressaltou que é necessário oferecer produtos diferenciados, porque os consumidores chineses estão cada vez mais sofisticados.

“Quando se fala em inovação, a China é um dos grandes players mundiais. Os produtos chineses já estão muito próximos dos produtos top, dos produtos de maior valor agregado a nível internacional”, explicou.

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