Os preços das casas e dos arrendamentos em Macau vão descer entre 5 a 10 por cento em 2022. São previsões da Jones Lang La Salle, que antevê para este ano um ciclo recessivo no mercado local
Os preços da habitação estão em queda em Macau. A principal justificação da imobiliária prende-se com a nova vaga epidémica, que apesar dos sinais de recuperação do mercado em 2021, trouxe incerteza económica. Também a repressão governamental em relação a actividades de jogo ilegais estão a prejudicar as perspectivas do mercado imobiliário para este ano.
No relatório anual sobre o mercado habituacional de Macau, a Jones Lang La Salle diz que são vários os factores que explicam a tendência recessiva: não só a situação pandémica, mas também o abrandamento da economia local e a elevada taxa de desemprego.
A imobiliária adianta que está em queda a procura de habitações e que a maior parte dos compradores está a adoptar uma atitude de esperar para ver.
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A Jones Lang La Salle diz, por isso, que a quantidade de transacções de imóveis deve continuar a cair ao longo do ano.
O relatório destaca também a “saída de milhares de trabalhadores expatriados de Macau, o que tem contribuído para a queda nos preços do arrendamento: em 2021, o valor das rendas do mercado de classe média caiu 9,5 por cento e o de luxo caiu 15,5 por cento”.
Actualmente há 16.665 unidades residenciais não habitadas em Macau, 7 por cento do total de imóveis existentes.