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Jornalistas de Hong Kong denunciam ‘morte da imprensa livre’

Cinco anos é o tempo médio que dura a carreira profissional de muitos jornalistas jovens em Hong Kong —ou, pelo menos, era o que me diziam brincando meus amigos da escola de jornalismo. Trabalhar numa profissão mal paga, com jornadas de trabalho longas e irregulares, é algo que só se sustenta quando quem o faz nutre uma paixão profunda pelo ofício.

Mas no mês passado dezenas de jornalistas com menos tempo de carreira que isso foram expulsos à força do setor quando dois sites de jornalismo populares e independentes, Stand News e Citizen News, foram fechados em decorrência de pressão crescente das autoridades.

Inúmeros jornalistas denunciaram a “morte da imprensa livre” em Hong Kong. Com pelo menos 15 jornais com um misto de tendências políticas e mais de quatro canais de jornalismo para uma população de 7,4 milhões de pessoas, a imprensa vibrante da cidade era saudada no passado como uma das mais livres da Ásia.

Não são apenas os casos mais recentes de veículos fechados que vêm desanimando jornalistas de Hong Kong. Em 2020 Pequim impôs uma lei ampla de segurança nacional que levou dezenas de ativistas pró-democracia a serem presos ou a fugir da cidade e resultou no fechamento forçado de mais de 50 organizações da sociedade civil.

Os efeitos da legislação ainda estão se alastrando. O maior jornal pró-democracia da cidade, Apple Daily, foi fechado em junho do ano passado, após uma batida policial e a prisão de integrantes de sua

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