Foi no dia de ontem, quarta-feira, já depois de Rendeiro ter publicado no seu blogue um comunicado onde afirmara que não voltaria a Portugal, que a advogada do antigo administrador do BPP deu, oficialmente, conta da fuga à Justiça.
A informação é revelada esta quinta-feira pelo Conselho Superior da Magistratura (CSM) num comunicado enviado às redações, onde também é explicado que “em face de tal informação, foi proferido despacho que determinou a sua sujeição a prisão preventiva e a imediata emissão de mandados de detenção europeu e internacional, solicitando a colaboração da Interpol e da Europol na localização e captura do arguido, para além de ter determinado a emissão de mandados de detenção para João Rendeiro a cumprir pelos órgãos de polícia criminal portugueses, tal como a inserção dos seus elementos identificativos no sistema SIRENE e a comunicação ao SEF, ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e a todas as entidades de controlo de fronteiras, com a expressa indicação da pendência de tais mandados”.
O CSM também afirma que, de acordo com a juíza deste processo, “no decurso dos autos não foi trazida, até ao referido dia 19.07.2021, qualquer informação da qual pudesse antever-se nem um concreto perigo de fuga do arguido (que esteve presente em algumas sessões da audiência de julgamento), nem a concretização da sua fuga, agora anunciada”.
Ou seja, para a Justiça, Rendeiro aparecia sempre como cumpridor, apesar de ter, entre 15 de julho e 21 de agosto, viajado para a Costa Rica, informando os tribunais. Também deu conta à Justiça que entre 13 e 30 de setembro, iria estar no Reino Unido.
Por, oficialmente, regressar a Portugal apenas esta quinta-feira, a juíza só o convocou para sexta-feira, para alteração das medidas de coação. Aí corria o risco de ficar em prisão preventiva e decidiu fugir..
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