Já não é obrigatório usar máscara no exterior mas, no Porto, o equipamento de proteção individual continua presente na maioria dos rostos.
A aposta na prevenção levou muitos dos portuenses a optar por manter o uso de máscara na rua e retirá-la apenas quando não há ninguém por perto. A obrigação vigorava desde outubro do ano passado.
É o caso de Clarinda Pinto. Esta segunda-feira, pela primeira vez em 318 dias, subiu a rua de Fernandes Tomás sem a máscara no rosto. Fê-lo porque caminhava sozinha e sem ajuntamentos à sua volta. Mas garante que, em artérias com mais movimento, manterá o uso de máscara. “Trago-a sempre à mão para colocar quando houver muita gente. Até porque nunca sabemos quem está infetado. Em minha casa estivemos infetados e sabemos que qualquer descuido pode trazer o vírus”, contou ao JN, sem esconder a felicidade por caminhar sem máscara.
É uma sensação de liberdade
“Sinto-me aliviada. É uma sensação de liberdade”, admitiu a mulher, de 53 anos, que concorda com o fim da obrigatoriedade do uso de máscara em artérias com pouca gente.

Maria do Céu Moura partilha da mesma opinião. Mora na Rua de Santa Catarina, uma das zonas mais movimentadas do centro histórico do Porto, e não prescinde da máscara em zonas com ajuntamentos. “Todos devemos ter consciência que este vírus não vai passar tão depressa. Por isso, nos sítios em que não há multidões, concordo que as pessoas não usem máscara porque também incomoda e, nos dias de calor, dá a sensação de que falta o ar. Agora, em caso de ajuntamentos, devemos todos usar para nosso bem e para bem das pessoas que andam à nossa volta”, afirmou a mulher, de 73 anos, com a máscara no rosto, que desde o início da pandemia tem evitado convívios e ajuntamentos.
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