A operadora eléctrica francesa, que detém 30 por cento da Central Nuclear de Taishan, apontou que se a central estivesse em solo francês, após o incidente que resultou na deterioração de cinco barras de combustível, a operação do reactor seria suspensa
A Energia de França (EDF) afirmou que se a situação com a Central Nuclear de Taishan tivesse acontecido em França que teria desactivado o reactor. O comunicado com a posição da eléctrica foi tornado público na semana passada, e chega um mês depois de ter sido revelado que cinco barras de combustível da central nuclear ficaram danificadas e que houve uma “ameaça radiológica iminente”.
“De acordo com os procedimentos adoptados em França, se fosse em França a EDF teria encerrado o reactor, para analisar de forma exacta a situação que está em curso e impedir desenvolvimentos”, afirmou a empresa em comunicado, citado pela agência Reuters. “Em Taishan, a decisão compete à TNPJVC”, foi acrescentado.
A TNPJVC é a sigla inglesa para Taishan Nuclear Power Joint Venture, ou seja, a parceria entre a empresa estatal chinesa China Guangdong Nuclear Power (CGNPC) e a EDF. A CGNPC é a accionista maioritária com uma participação de 70 por cento e a EDF tem acções que totalizam 30 por cento.
Apesar da diferença de procedimentos, a EDF sublinha que a central está longe de um cenário de acidente nuclear. “Não estamos numa situação de emergência e muito menos num cenário que vá resultar num acidente ou incidente. Apesar disso, […] teríamos suspendido o reactor imediatamente”, foi acrescentado.
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