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Cabo Delgado: Missões militares multilaterais dão nova “capacidade de resposta”

O Presidente da República Portuguesa destacou que as novas missões militares de apoio a Moçambique permitem uma nova “capacidade de resposta” perante os ataques terroristas na província de Cabo Delgado.

“Estamos mais perto de termos uma capacidade de resposta que, aceite pela soberania moçambicana, significa solidariedade de países africanos e europeus”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, à chegada a Luanda para a XIII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Na segunda-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE aprovaram o lançamento de uma missão de formação militar em Moçambique que visa “treinar e apoiar as Forças Armadas moçambicanas” no “restabelecimento da segurança” no território e que será chefiada no terreno pelo brigadeiro-general do Exército português Nuno Lemos Pires.

Em paralelo, a Comunidade de Desenvolvimento dos Países da África Austral (SADC, na sigla inglesa) já anunciou acordos para o envio de militares para o país. E o Ruanda, que não integra a SADC, também anunciou um contingente de mil homens destacado para apoiar as forças moçambicanas no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.

“Há anos que nós vamos tratando dessa matéria, respeitando sempre a soberania de Moçambique. Cada Estado é soberano e ninguém pode intervir no território de um Estado ultrapassando a soberania”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

“Podemos dizer que estamos todos mais perto, num esforço multilateral, em que foi importante o contributo de países da CPLP, foi importante o agregar da União Europeia nesse esforço e dos países africanos vizinhos de Moçambique”, acrescentou o Presidente português.

No terreno, “além do apoio humanitário que Portugal sempre proporcionou”, estão militares nacionais para dar “apoio na formação e logística” às tropas moçambicanas”, disse ainda.

Grupos armados aterrorizam a província desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Há mais de 2.800 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e 732.000 deslocados, de acordo com as Nações Unidas.

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