A China continua a ver a Europa como peça-chave para contrabalançar o poder hegemónico dos Estados Unidos, observam analistas, apesar de a União Europeia ter reavaliado a sua relação com Pequim nos últimos anos
A Europa continua a ser para Pequim um ponto de equilíbrio no sensível xadrez geopolítico e no braço-de-ferro com os Estados Unidos. A China ocupa um lugar importante na agenda da visita do Presidente norte-americano Joe Biden à Europa, esta semana, à medida que a principal potência emergente assume uma relevância crescente nos assuntos internacionais.
Shen Dingli, director do Instituto de Estudos Internacionais na Universidade Fudan, em Xangai, nota que Pequim continua a ver a “UE como um provável contrabalançar da hegemonia dos Estados Unidos”.
Numa altura em que Biden se tenta reaproximar dos aliados, após o antecessor, Donald Trump, ter abalado as relações transatlânticas, e assumir uma política comum para a China, diferentes interesses económicos e estratégicos continuam a dificultar um consenso entre ambos os lados.
“Não existe um consenso para uma abordagem comum transatlântica para a China”, admite à agência Lusa o embaixador de Portugal em Pequim, José Augusto Duarte. “Esse consenso tem que ser construído e trabalhado com a própria China” e depende também “da reacção que a China tem e como trabalha, cria as explicações, as seguranças, junto dos outros, para que haja respostas diferentes”, resume.
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