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Energia e tecnologia: Como Sines se tornou a âncora de investimento em Portugal

Sara Ribeiro

Sines tem sido alvo de vários novos projetos na área da energia e tecnologia nos últimos meses e nos próximos tempos deverá receber investimentos de cinco mil milhões de euros.

No último ano, Sines tem sido o destino escolhido para a realização de projetos com investimentos avultados e em setores ligados à transição digital e energética, que servirão de pilares à recuperação da economia no pós-pandemia. Desde o cluster industrial de produção de hidrogénio verde, passando pelo megacentro de dados até ao cabo submarino que vai permitir a primeira ligação direta de alta velocidade entre a Europa e a América do Sul, os anúncios de investimento têm-se multiplicado. O primeiro-ministro, António Costa, acredita que vão chegar mais projetos para o concelho do Alentejo Litoral. Mas quais as razões que tornaram Sines num íman para grandes investidores?

Olhando para as várias notícias que têm saído nos últimos meses sobre a região, o presidente da Câmara Municipal de Sines não mostra surpresa, até porque estão “bastante habituados ao anúncio de intenções de investimento, o que é diferente do anúncio da concretização de investimento”, disse ao Dinheiro Vivo Nuno Mascarenhas. Por estas razões, admite que é difícil avançar com números precisos quer de investimento quer de criação de postos de trabalho. “Contudo, diria que em projetos que se encontram já a ser trabalhados no terreno podemos estar a falar de cerca de cinco mil milhões de investimento e cerca de um milhar de postos de trabalho. Muito embora estes investimentos possam ser concretizados de forma faseada, num horizonte de dois a cinco anos, eventualmente.”

Um desses projetos, e um dos anúncios mais recentes, é a construção de um megadata center que prevê um investimento de 3,5 mil milhões de euros e a criação de 1200 postos de trabalho até 2025. Desenvolvido pela empresa Start Campus, detida por um fundo de investimento norte-americano (Davidson Kempner) e por uma empresa britânica especializada em infraestruturas, a Pioneer Point Partners, o Sines 4.0 representa um dos maiores investimentos estrangeiros em Portugal desde a instalação da Autoeuropa, em Palmela. O primeiro-ministro espera mais projetos: “Tenho a confiança de que com este investimento [Sines 4.0] outros virão. Alguns concorrentes, mas outros que poderão trabalhar a matéria-prima fundamental da transição digital que é a disponibilidade de dados.”

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