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População timorense com vacinação completa pode movimentar-se livremente

Lusa

O Governo timorense decidiu hoje que residentes em Timor-Leste que tenham a vacinação completa podem movimentar-se livremente pelo território, sem necessitar de autorização ou testes, tendo que cumprir apenas protocolos sanitários

“Pessoas que tenham tomado as duas vacinas podem deslocar-se livremente em Díli ou nos municípios. Para essas deslocações precisam de apresentar cartão da vacina”, disse o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Fidelis Magalhães.

“Para poderem viajar têm que usar máscara e observar distanciamento e demais protocolos de saúde”, sublinhou.

Fidelis Magalhães acrescentou que essas medidas sanitárias são necessárias porque a maioria da população ainda não foi vacinada e não há imunidade coletiva.

O governante, que renovou os apelos à população para que se vacine, indicou que isso vai permitir agilizar as medidas aplicadas no estado de emergência, em vigor por mais 30 dias até ao início de julho.

“Notamos e apreciamos o esforço do pessoal de saúde para continuar a incrementar as inoculações diárias, chegando a ultrapassar em alguns dos dias as quatro mil vacinas”, disse.

“É muito importante que as pessoas se vão vacinar”, alertou.

Em termos gerais, as medidas a aplicar nesse período serão idênticas às atualmente em vigor, com renovação da cerca sanitária em Díli, Bobonaro e Covalima durante mais 14 dias e em Baucau e Viqueque durante uma semana.

O confinamento obrigatório em Díli mantém-se, mas é levantado para quem tenha completado a vacinação, tendo que continuar a usar máscara e manter distanciamento social. Timor-Leste está a usar a AstraZeneca, que exige duas doses para completar o processo.

Nas regras em vigor, vai ser acrescentada uma nova exceção para permitir a movimentação das pessoas para que possam completar o processo de recenseamento para as presidenciais de 2022, disse Fidelis Magalhães.

“Validar o recenseamento é essencial para as candidaturas e para a votação nas eleições presidenciais de 2022. Para isso temos que avançar com o recenseamento para poder garantir a eleição e a tomada de posse dentro de um ano”, afirmou.

Noutro âmbito, a reunião do Conselho de Ministros aprovou ainda a extensão, durante dois meses da declaração de situação de calamidade em Díli por dois meses.

“Esta medida é importante para dar flexibilidade à atuação do Governo para responder à situação causada pelas inundações”, indicou.

Timor-Leste vive atualmente o pior momento da pandemia, com 16 mortos (dos quais 13 em maio), um crescente número de hospitalizações, 2.648 casos ativos e quase 6.900 acumulados, dos quais mais de 66% registados em maio.

A maior parte dos casos e das mortes regista-se em Díli, ainda que atualmente haja casos ativos em todos os municípios do país.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.535.376 mortos no mundo, resultantes de mais de 169,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.023 pessoas dos 848.658 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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