O presidente francês, Emmanuel Macron, e o chefe do governo italiano, Mario Draghi, compartilharam na quarta-feira (21), durante uma conversa por telefone, “da mesma vontade” de que se conclua “rapidamente a ratificação do plano de recuperação europeu”, informou o Palácio do Eliseu
Apenas 17 dos 27 membros da UE ratificaram até agora este plano de 750 bilhões de euros (900 bilhões de dólares), o que impede desbloquear os fundos.
A ratificação do plano pela Alemanha, na quarta-feira, após receber luz verde do Tribunal Constitucional de Karlsruhe, ao rejeitar um recurso que colocava em suspeita este mecanismo inédito de mutualização da dívida, superou um obstáculo importante.
O fundo repousa em um mecanismo sem precedentes de mutualizar a dívida dos Estados-membros e uma parte do dinheiro será entregue na forma de subvenções diretas (€ 312,5 bilhões).
A Itália, o principal beneficiário, receberá € 191 bilhões e a França, € 40 bilhões.
A primeira entrega destes recursos está prevista para julho, mas a lentidão na ratificação ameaça atrasá-la em vários meses, segundo uma fonte governamental francesa.
Várias autoridades políticas e econômicas se alertam com a lentidão da implantação desta ferramenta comunitária, em comparação com os Estados Unidos, que já começaram a desbloquear quantias colossais de seu programa de ajuda e investimentos para reativar a economia castigada pela covid-19.
Os dois dirigentes também reiteraram sua reivindicação da retirada das forças estrangeiras e mercenários da Líbia, enquanto falaram da situação no Chade após a morte do presidente Idriss Déby Itno e a tomada do poder por uma junta militar chefiada por seu filho.