Peritos escolhidos pela DGS para avaliar tratamentos contra o coronavírus discutem esta sexta-feira o tema. OMS teme efeitos secundários e custos elevados para os sistemas de saúde.
Os peritos da Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiram desaconselhar o uso do remdesivir contra a Covid-19. Este foi o primeiro medicamento aprovado contra a doença e é até agora um dos dois, únicos, indicados pelas autoridades de saúde.
Em Portugal, como em todo o mundo, o fármaco já foi usado em centenas ou milhares de doentes e o Governo avançou, em outubro, com a compra de 100 mil frascos, num investimento previsto de 35 milhões entre outubro e março.
Segundo a OMS os resultados são não apenas incertos como podem fazer mais mal do que bem.
A OMS já tinha divulgado a 15 de outubro um estudo que concluía que o antiviral remdesivir não apresentava resultados eficazes na prevenção da morte dos pacientes, mas agora vai mais longe, através do seu grupo que acompanha aquilo que se vai fazendo na investigação científica sobre a pandemia (o Guideline Development Group), passando a desaconselhar o uso por não haver evidência de que melhore a sobrevivência ou reduza as necessidades de usar ventiladores.
A nova recomendação, lida pela TSF e publicada numa das mais prestigiadas revistas científicas da área, baseia-se numa revisão de estudos que envolveram 7 mil doentes.
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