Moçambique necessita de alimentos

A ajuda alimentar a Moçambique deve chegar a menos de metade das pessoas necessitadas nos próximos cinco meses, de acordo com as previsões divulgadas ontem pela rede humanitária de Alerta Antecipado de Fome (rede Fews, sigla inglesa).
Segundo a Lusa, o IPC é uma classificação internacional sobre a fase em que se encontra a segurança alimentar (da sigla inglesa Integrated Food Security Phase Classification) e varia entre um, inexistente, a cinco, fome severa.
A maior parte da assistência será dirigida aos 435 mil deslocados da violência armada em Cabo Delgado, Norte do país, no entanto, em Setembro, só chegou a cerca de 274 mil e prevê-se que até Março chegue, no máximo, a 367 mil mensalmente – mas a rede prevê que o número de deslocados aumente nos próximos dias.
Haverá famílias que “provavelmente permanecerão em crise ” e outras, que permanecem em locais mais remotos, já poderão estar mesmo numa emergência, alimentar”,acrescenta.
Além de Cabo Delgado, a assistência humanitária tenta matar a fome a famílias afectadas pela seca no Sul e em recuperação do ciclone Idai no Centro – onde há também focos de instabilidade militar.
Para os próximos meses, há previsão de “chuvas normais” no país que favorecem a produção, mas em Cabo Delgado “as famílias em áreas directamente afectadas pelo conflito estarão a viajar para áreas seguras em vez de se envolver em actividades agrícolas”. Famílias com poupança dependerão dos mercados até à nova colheita, a partir de Abril, mas “os preços elevados, incluindo do milho em grão e farinha, limitarão o já reduzido poder de compra das famílias”, em especial no Norte do país.
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